REUNIÃO DE SÍNDICOS DE IPANEMA E LEBLON





REUNIÃO DE SÍNDICOS DE IPANEMA E LEBLON PARA DECIDIREM O QUE FAZER CONTRA AS OBRAS QUE ESTÃO ABALANDO OS  EDIFÍCIOS

REUNIÃO - CRATERAS DA BARÃO DA TORRE

Sábado dia 24/05 às 10 horas da manhã, no auditório do edifício 330, da Rua Visconde de Pirajá, haverá outra reunião para adesão dos condomínios. 
Precisamos estar atentos que essa é uma batalha duríssima, visto o que o governo fez com nossa praça (Nossa Senhora da Paz). É esperada a maior adesão possível de condomínios, por favor quem for síndico, solicitar Assembléia Geral Extraordinária, para aderir. Até o presente momento, cinco condomínios estão fazendo parte, mas precisamos aumentar esse número para que juntos, possamos arcar com perícia independente de geólogos e engenheiros, porque os do governo estão desinformando a população.
Fiquei mais assombrada, quando o advogado da causa, levantou-se e informou que para desabamento, não existe seguro. Então tá! O Governo do Estado, vem, perfura a rua, desaba tudo e fica por isso mesmo!
Por isso precisamos de TOTAL MOBILIZAÇÃO! Quem for síndico e puder adiantar, agradeço, quem conhecer o síndico de seu prédio, por favor informe-o. Quanto mais condomínios houver nessa briga, mais chance teremos para exigir transparência dos responsáveis

CARTA PARA O JORNAL "O GLOBO"

Em apenas cinco meses ocorreram dois grandes acidentes relacionados com as obras da Linha4 do Metrô, em Ipanema : Em 15/12/2013 pedras rolaram do Maciço do Cantagalo, atingindo 4 (quatro) pavimentos de um Condomínio na Rua Alberto de Campos. Não foram pedrinhas desprezíveis : Pedregulho de até 4 metros de altura entrou na garagem , conforme mostrado em foto desse jornal. No Maciço estão sendo realizadas obras para o Túnel de Ventilação do referido Metrô - explosões vigorosas, diárias, duas vezes ao dia .  No dia 11 de maio ultimo, novo acidente, desta vez na Rua Barão da Torre , levando pânico aos moradores da região. Divulgado o laudo , o engenheiro Aluísio Coutinho , do consórcio responsável pela obra da Linha4 do metrô declara que o acidente foi causado " por um comportamento anômalo " , e que a movimentação foi " pontual ". Pelo acima exposto - Não foi ! Em dezembro/2013 houve movimentação na rocha ( Maciço ) e , agora , maio/2014, no solo arenoso. No dia 21/7/2012 na seção "Eu-Repórter " OGLOBO publicava  foto do leitor Cesar Ramos Filho , demostrando a apreensão dos moradores, mencionando pedras  " desprendidas " do Maciço que acertaram seus carros. A Defesa Civil contatada pelo jornal  , naquela ocasião , não identificou " riscos imediatos " - que vieram a ocorrer em dezembro/2013, com maior gravidade. Agora dizem que vão paralisar as obras por cerca de 45 - 60 dias. Será por causa da repercussão na mídia internacional que um acidente maior poderia ter  em plena realização da  Copa do Mundo ? Como dizia aquele personagem do Jô Soares : " Tira o tubo  ! MGF

MEDO !

Oferecimento

Faixas mostram medo de moradores após rua afundar com obra da Linha 4

Por   | Para: CBN Foz
Cartazes protestam contra obras do metrô em Ipanema, Zona Sul (Foto: Reprodução / TV Globo)Cartazes protestam contra obras do metrô em Ipanema, Zona Sul (Foto: Reprodução / TV Globo)
Moradores de Ipanema, na Zona Sul do Rio, espalharam faixas pelas janelas dos edifícios e pediram mais transparência nas obras da Linha 4 do metrô. Cartazes como "Obras metrô SOS." e "Estamos com medo" puderam ser vistas nesta terça-feira (20). O Consórcio da Linha 4 informou que a cratera que se abriu em Ipanema, no dia 11 de maio, foi ocasionada "por um comportamento anormal e pontual na face de uma rocha fraturada durante a escavação do túnel do metrô no subsolo da via". 
'Estamos com medo', diz cartaz (Foto: Reprodução / TV Globo)'Estamos com medo', diz cartaz (Foto:
Reprodução / TV Globo)
Em nota, o consórcio afirmou que a rocha se desprendeu e afetou outros blocos, ocasionando a descompactação do terreno.
Desde que o buraco se abriu na Rua Barão da Torre, em Ipanema, as escavações da Linha 4 do metrô estão suspensas e devem continuar paradas na Barão da Torre, local do afundamento, de 45 a 60 dias para tratamento do solo, segundo o gerente de produção da obra, Aluísio Coutinho Júnior. Ele garante que não houve erro na operação, e que o desprendimento de uma rocha dessas características nessa área, considerada de transição entre escavação de área sólida e de areia, é "anômalo".
"Esse método (escavação com o equipamento conhecido comoTatuzão) foi o que limitou o problema. Se fosse outro método de escavação a proporção seria maior. A probabilidade disso acontecer de novo é muito pequena, muito baixa, nos cerca de 20 metros de terreno de transição que ainda falta de ser escavado", explicou.

Ainda segundo Coutinho, aquele trecho da Rua Barão da Torre é de transição entre solo rochoso e solo arenoso. Para minimizar a diferença entre as características dos dois solos, foi injetado cimento no ponto de transição. Foi isso que, segundo ele, garantiu que o incidente fosse localizado. Ele destacou ainda que o traçado para escavação foi planejado para que, em terreno arenoso, o Tatuzão não passasse sob os prédios.
Para que as escavações sejam retomadas naquele trecho, o consórcio irá injetar mais cimento "por cautela, por segurança", ressaltou Coutinho.
Operários do consórcio Linha 4 do metrô trabalham na Barão da Torre em frente ao edificio 137 em Ipanema, onde um buraco se abriu na frente do prédio (Foto: Antônio Scorza/Agência O Globo)Operários do consórcio Linha 4 do metrô trabalham na Barão da Torre em frente ao edificio 137 em Ipanema, onde um buraco se abriu na frente do prédio (Foto: Antônio Scorza/Agência O Globo)
O vice-presidente do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura seção Rio de Janeiro(Crea-RJ), Manoel Lapa, considera que o incidente na Rua Barão da Torre foi, de fato, algo pontual. "Obra de túnel como essa é muito mais complexa que fazer uma ponte ou viaduto porque você trabalha com um material muito heterogêneo, que é o solo", avaliou.

Lapa considera ainda que são mínimas as chances de outros acidentes ocorrerem com a retomada das escavações. "A região crítica é realmente a transição da rocha para a areia. Dali [da Rua Barão da Torre] pra frente vão pegar só areia. A possibilidade de acontecer acidentes com o tatuzão daqui pra frente é muito menor", avaliou, garantindo que o Crea-RJ acompanhará de perto a continuidade das escavações.
Método ideial
O estudo mostrou ainda que quatro fatores foram essenciais para que o incidente tivesse sido localizado e restrito: o método de escavação empregado, o tratamento prévio do solo, o monitoramento da estabilidade do terreno e das edificações do entorno e a aplicação do Plano de Contingência e Emergência de forma eficiente.
O consórcio ressaltou que quando o primeiro desnível na superfície foi constatado, a área foi isolada, a escavação suspensa e verificou-se que não havia nenhum risco para as fundações dos edifícios do entorno, pois tratava-se de um evento localizado. Com a área isolada, os serviços de água e gás foram interrompidos e as cavidades, preenchidas com concreto.
Em uma obra deste porte, o consórcio informou que os imóveis do entorno das escavações dos túneis e estações são monitorados permanentemente. Os prédios receberam instrumentos que possibilitam o acompanhamento de como as edificações se comportam antes e durante as obras. Segundo os dados, todas as medições estão dentro dos limites esperados, sem risco para as edificações.
Os estudos de sondagens, investigações geológicas e ensaios de caracterização do subsolo que precederam a obra mostraram que o Tunnel Boring Machine (TBM), o 'Tatuzão', é o equipamento mais adequado e seguro para executar este tipo de obra na Zona Sul do Rio de Janeiro. Por este motivo, foi o método adotado e será mantido.
O Consórcio disse ainda que estudos identificaram a necessidade de fazer um tratamento prévio de solo na região da Rua Barão da Torre, por ser um trecho de desemboque na transição da rocha para a areia, com rochas fragmentadas e água – característica que não se repete nestas configurações ao longo do traçado do túnel. O Consórcio Linha 4 Sul injetou calda de cimento no subsolo antes de iniciar as escavações, para minimizar a diferença entre as características de materiais encontrados no terreno. Este procedimento contribuiu para que o incidente tenha sido localizado, como mostra o resultado da análise do assentamento de solo na Barão da Torre.
"Para retomar a obra de construção do túnel entre Ipanema e Gávea, o Consórcio vai iniciar nos próximos dias serviços que devolvam a coesão ao terreno. Serão feitas injeções de cimento no solo, além de adotadas outras medidas no processo de escavação para evitar novos incidentes, com o uso de polímero de alta densidade aliado a material selante", concluiu a nota.

EMAIL RECEBIDO

Moradores, Síndicos e Proprietários de Ipanema e Leblon, ​é
 bom saber :

Após o surgimento de enorme cratera na Rua Barão da Torre
​ 
acendeu a “luz vermelha”!
Porque insistir em erro!​

Muitos moradores despertaram-se para o perigo, alguns já acostumados com a obra, outros que tinham alguma informação, mas todos foram arrebatados por: dúvidas, insegurança e medo!
Muito se falou e infinitamente se falará sobre as obras do consorcio da Linha 4 Sul do Metrô, que faz trajeto pelos bairros de Ipanema, Leblon e Gávea.



Selecionamos depoimentos vinculados na mídia impressa. Analise você mesmo e tire suas próprias conclusões!

“Desci correndo, tirei minha filha de 4 anos e minha esposa de casa e coloquei elas sentadas dentro do hospital aqui em frente. O prédio está cheio de rachaduras, o chão afundou, e o solo aqui é muito arenoso. Estamos com medo de o edifício desabar sim. Além da falta de informação, não há uma explicação que venha de alguém especializado. Ninguém aqui sabe o que está acontecendo, ou não querem falar a verdade. A comunicação da empresa disse que está tudo certo e que está fazendo reparos, mas os prédios estão rachados; isso não é brincadeira.”
Cláudio Teixeira, Engenheiro e Advogado, Síndico do prédio 141.

​"​
Essa máquina não escava com percussão. Ela escava com o giro da sua roda de corte, destruindo as camadas de solo. Então, ela não bate, simplesmente destrói. Então, isso não deve induzir nenhum tipo de vibração à superfície”.
Eng. Aluísio de Abreu Coutinho Junior, Consórcio Linha 4

“Essa rocha se desprendeu e afetou pequenos blocos vizinhos, ocasionando a descompactação do terreno. Desse modo, o processo evoluiu até a região de solo arenoso, e repetidamente até chegar à superfície.” “tatuzão deve voltar a operar nas escavações em 45 ou 60 dias”
Eng. Aluísio de Abreu Coutinho Junior, Consórcio Linha 4

“O tatuzão parou de funcionar, mas as obras, com maquinários, continuam na Visconde de Pirajá. Estão acontecendo incidentes com frequência. Faltam informações “
Gabriel Mansell, síndico de três prédios na Rua Visconde de Pirajá.

"A gente ia comemorar o Dia das Mães com a família mas não podemos. Agora vai ter que ser sem cozinhar nem tomar banho porque estamos sem gás. O jeito vai ser improvisar um almoço em um restaurante"
Oscar Castro, 47 anos, Analista de rede, Morador

“Eles furam o solo de madrugada. Quando o tatuzão passa na rua, tudo treme. As paredes, os quadros, os móveis” “Não tenho outro jeito a não ser tomar tranquilizante para pegar no sono.”
Nélio Ferreira, 70 anos, morador.

“O que aconteceu no domingo foi um acidente da obra que tem que ter a atenção de todos os envolvidos inclusive da Defesa Civil, o que não acontece. “

“Ninguém fez nada. Fiz questão de mostrar o problema aos técnicos. Eles disseram que o problema seria da Cedae e quando eu cheguei em casa vi que a situação só piorava. Agora, eu disse que chamaria a reportagem e eles responderam que bombeiros do Consórcio já estavam a caminho.”
Carolina Souza, 30 anos, Professora.

“Não dá mais para aguentar. A promessa era que esse transtorno terminasse no fim do ano passado. Nosso maior medo é que eles tenham atingido o lençol freático — ressaltou, enfatizando as rachaduras do lado de fora do prédio e também no interior de seu apartamento.”

“Assisti os operários abrindo e fechando o asfalto aqui em frente pelo menos três vezes.”
Arão Pomeraniec, 65 anos, Psiquiatra, Morador do prédio 141.

"Estamos tendo bastante dificuldade. O inquilino saiu desde que as obras começaram, com medo de prejuízo, e até agora não alugamos. Só conseguiríamos se fosse por um preço ínfimo"
Clarindo Mourão, administrador de uma loja na Av. Ataulfo de Paiva.

“Esse acidente poderia ter sido evitado com mais fiscalização. É preciso dar segurança a moradores, pedestres e trabalhadores.”
Canagé Vilhena, Arquiteto.

"Nós tivemos uma queda de 60% nas vendas. Nem as clientes antigas querem vir.  Nosso público é de classe alta, ninguém quer entrar em vielas escuras, barulhentas e sem segurança para fazer compras"
Gerente de uma Grife no Leblon

“Os afundamentos na rua se devem à ação do tatuzão, máquina que está perfurando o túnel em uma região arenosa.” "Um dia o mar chegava até ali e a areia é um dos solos mais complexos para você fazer escavação, pois os grãos não se unem"
"Pode ter havido infiltração de uma galeria de água pluvial que se rompe ou então de uma pequena adutora, o que também pode promover fuga de areia".
Luiz Paulo, Deputado. Entrou com requerimento na Alerj para a realização de audiência pública para que as autoridades expliquem o surgimento de duas crateras na rua Barão da Torre, em Ipanema

 "Vamos pedir que a obra, que está parada, só seja retomada quando soubermos direito o que aconteceu. Queremos que eles estudem e debatam conosco sobre a solução que vão apresentar, porque isso de fazer obra sem discutir com a população já vimos que não dá certo"
Ignez Barreto, Coordenadora do PSI.

"Lustres, copos e outros objetos balançam dentro de casa. São muitos relatos desse tipo. Tem gente que nem consegue dormir e a preocupação é enorme para tudo mundo. Quando o morador vai reclamar no posto de atendimento na Praça da Paz ou através do teleatendimento, os funcionários do consórcio dizem que esse transtorno é normal e se quebrar qualquer coisa dentro de casa eles pagam. O que queremos é segurança, evitar acidentes. Quem vai imaginar que vão fazer uma obra dessa natureza na sua rua e arrebentar com seu apartamento?"
Fernando Azevedo, Engenheiro Civil

“O surgimento da cratera na Rua Barão da Torres demonstra que a medida mais segura para a população é imediata paralisação das obras, para evitar um desabamento de algum edifício na região.”
Nilton Carvalho, Geólogo, voluntário do PSI.

“O terreno é arenoso. Ali era uma praia, uma restinga. Os prédios tiveram as fundações feitas sobre a areia.”
Antônio Eulálio, Engenheiro.

“O transtorno é grande por conta do barulho e perturbação, mas pedimos o laudo de um engenheiro e não houve dano na nossa estrutura”
Hamilton Ferreira, Síndico do Edifício 137.

“Se isso afundou, tem alguma coisa estranha lá embaixo. Se começa a botar concreto, é muito estranho”
Oscar Castro, Morador há 15 anos no prédio 137.

“O meu prédio rachou entre um bloco e outro. Junto com a trepidação, romperam três encanamentos de gás. O meu apartamento foi [onde rompeu] um deles”
Fernando Bittencourt, morador há 20 anos no prédio 123.

Pensem Bem ! Continuar pra que?​


QUE VENHA A COPA !!


Bueiro estoura em frente à loja da Louis Vuitton, na Z. Sul, e causa mau cheiro

Problema ocorreu em Ipanema. Cedae está no local e providencia os reparos na tubulação

O DIA
Rio - A tubulação de uma rede de esgoto, na Rua Garcia D'avila, em Ipanema, Zona Sul do Rio,  estourou, na tarde desta terça-feira, causando mau cheiro no local. O bueiro fica em frente à loja da grife Louis Vuitton, e, segundo pedestres, o forte odor assustou moradores e clientes do local. 
Bueiro estoura em frente à loja Louis Vuitton, em Ipanema
Foto:  Emmanoela Carvalho
A Cedae foi acionada, por volta das 15h. De acordo com a concessionária, houve um vazamento da rede de esgoto, que já foi consertado. No entanto, funcionários da empresa continuam no local para fazer limpeza da área. Ainda não há informações sobre a causa do problema. 

ATENÇÃO !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Ipanema em Atenção! Rua Barão da Torre!!
Reunião de síndicos, moradores, técnicos e juristas, Sábado dia 23 às 10hs no Edifício Cidade de Ipanema, Rua Visconde de Pirajá, 330, auditório 4º andar.

MAQUIAGEM PARA A COPA




FOTOS DE UM AMIGO

ROCHA ? ?

20/05/2014 11h56 - Atualizado em 20/05/2014 15h34

Cratera em Ipanema teria ocorrido por problema em rocha, diz consórcio

Escavação do Metrô na Barão da Torre para por até 60 dias.
Obras estão paradas desde que um buraco se abriu no dia 11 de maio.

Do G1 Rio
Operários do consórcio Linha 4 do metrô trabalham na Barão da Torre em frente ao edificio 137 em Ipanema, onde um buraco se abriu na frente do prédio (Foto: Antônio Scorza/Agência O Globo)Operários do consórcio Linha 4 do metrô trabalham na Barão da Torre em frente ao edificio 137 em Ipanema, onde um buraco se abriu na frente do prédio (Foto: Antônio Scorza/Agência O Globo)
O Consórcio da Linha 4 do metrô informou nesta terça-feira (20) que a cratera que se abriu em Ipanema, na Zona Sul do Rio, no dia 11 de maio, foi ocasionada "por um comportamento anormal e pontual na face de uma rocha fraturada durante a escavação do túnel do metrô no subsolo da via". Em nota, o consórcio afirmou que a rocha se desprendeu e afetou outros blocos, ocasionando a descompactação do terreno.
Desde que o buraco se abriu na Rua Barão da Torre, em Ipanema, as escavações da Linha 4 do metrô estão suspensas e devem continuar paradas na Barão da Torre, local do afundamento, de 45 a 60 dias para tratamento do solo, segundo o gerente de produção da obra, Aluísio Coutinho Júnior. Ele garante que não houve erro na operação, e que o desprendimento de uma rocha dessas características nessa área, considerada de transição entre escavação de área sólida e de areia, é "anômalo".

"Esse método (escavação com o equipamento conhecido comoTatuzão) foi o que limitou o problema. Se fosse outro método de escavação a proporção seria maior. A probabilidade disso acontecer de novo é muito pequena, muito baixa, nos cerca de 20 metros de terreno de transição que ainda falta de ser escavado", explicou.

Ainda segundo Coutinho, aquele trecho da Rua Barão da Torre é de transição entre solo rochoso e solo arenoso. Para minimizar a diferença entre as características dos dois solos, foi injetado cimento no ponto de transição. Foi isso que, segundo ele, garantiu que o incidente fosse localizado. Ele destacou ainda que o traçado para escavação foi planejado para que, em terreno arenoso, o Tatuzão não passasse sob os prédios.
Para que as escavações sejam retomadas naquele trecho, o consórcio irá injetar mais cimento "por cautela, por segurança", ressaltou Coutinho.

O vice-presidente do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura seção Rio de Janeiro (Crea-RJ), Manoel Lapa, considera que o incidente na Rua Barão da Torre foi, de fato, algo pontual. "Obra de túnel como essa é muito mais complexa que fazer uma ponte ou viaduto porque você trabalha com um material muito heterogêneo, que é o solo", avaliou.

Lapa considera ainda que são mínimas as chances de outros acidentes ocorrerem com a retomada das escavações. "A região crítica é realmente a transição da rocha para a areia. Dali [da Rua Barão da Torre] pra frente vão pegar só areia. A possibilidade de acontecer acidentes com o tatuzão daqui pra frente é muito menor", avaliou, garantindo que o Crea-RJ acompanhará de perto a continuidade das escavações.
Método ideial
O estudo mostrou ainda que quatro fatores foram essenciais para que o incidente tivesse sido localizado e restrito: o método de escavação empregado, o tratamento prévio do solo, o monitoramento da estabilidade do terreno e das edificações do entorno e a aplicação do Plano de Contingência e Emergência de forma eficiente.

Em uma obra deste porte, o consórcio informou que os imóveis do entorno das escavações dos túneis e estações são monitorados permanentemente. Os prédios receberam instrumentos que possibilitam o acompanhamento de como as edificações se comportam antes e durante as obras. Segundo os dados, todas as medições estão dentro dos limites esperados, sem risco para as edificações.
O consórcio ressaltou que quando o primeiro desnível na superfície foi constatado, a área foi isolada, a escavação suspensa e verificou-se que não havia nenhum risco para as fundações dos edifícios do entorno, pois tratava-se de um evento localizado. Com a área isolada, os serviços de água e gás foram interrompidos e as cavidades, preenchidas com concreto.
Os estudos de sondagens, investigações geológicas e ensaios de caracterização do subsolo que precederam a obra mostraram que o Tunnel Boring Machine (TBM), o 'Tatuzão', é o equipamento mais adequado e seguro para executar este tipo de obra na Zona Sul do Rio de Janeiro. Por este motivo, foi o método adotado e será mantido.
O Consórcio disse ainda que estudos identificaram a necessidade de fazer um tratamento prévio de solo na região da Rua Barão da Torre, por ser um trecho de desemboque na transição da rocha para a areia, com rochas fragmentadas e água – característica que não se repete nestas configurações ao longo do traçado do túnel. O Consórcio Linha 4 Sul injetou calda de cimento no subsolo antes de iniciar as escavações, para minimizar a diferença entre as características de materiais encontrados no terreno. Este procedimento contribuiu para que o incidente tenha sido localizado, como mostra o resultado da análise do assentamento de solo na Barão da Torre.
"Para retomar a obra de construção do túnel entre Ipanema e Gávea, o Consórcio vai iniciar nos próximos dias serviços que devolvam a coesão ao terreno. Serão feitas injeções de cimento no solo, além de adotadas outras medidas no processo de escavação para evitar novos incidentes, com o uso de polímero de alta densidade aliado a material selante", concluiu a nota.

PREJUÍZO

Lojas fecham e donos relatam prejuízo perto das obras da linha 4 do metrô

G1 percorreu lojas escondidas entre os canteiros, em Ipanema e no Leblon. 
'As vendas caíram 60% desde o fechamento da rua', diz gerente de loja.

Guilherme BritoDo G1 Rio
Lojas enfrentam problemas para alugar em trechos interditados pelas obras da linha 4 do metrô  (Foto: Guilherme Brito / G1)Lojas enfrentam problemas para alugar em trechos interditados pelas obras da linha 4 do metrô (Foto: Guilherme Brito / G1)
Apesar de placas e estratégias para tentar minimizar o problema, estabelecimentos comerciais no Leblon e em Ipanema, Zona Sul do Rio, afirmam que estão enfrentando prejuízos desde que ficaram "escondidos" por tapumes e canteiros de obras da expansão da linha 4 do metrô. O G1conversou com comerciantes e funcionários de lojas da região nesta segunda-feira (19), que relataram a difícil rotina de equilibrar o orçamento e atrair clientes depois que as obras começaram. Lojas desocupadas enfrentam problemas para alugar e as que estão funcionando calculam o percentual negativo nas vendas desde novembro de 2012, data do início das intervenções.
Dono deste estabelecimento depreciou preço em R$ 10 mil, mas imóvel continua desocupado  (Foto: Guilherme Brito / G1)Dono deste estabelecimento depreciou preço em
R$ 10 mil, mas imóvel continua desocupado
(Foto: Guilherme Brito / G1)
Na Avenida Ataulfo de Paiva, uma das principais do bairro e endereço da maioria das obras, já é possível ver vitrines vazias com placas de aluguel. Clarindo Mourão, administrador de uma imobiliária que negocia um desses espaços vazios, disse que o ponto sempre foi disputado entre os comerciantes e agora vive um momento de recessão.
"Estamos tendo bastante dificuldade. O inquilino saiu desde que as obras começaram, com medo de prejuízo, e até agora não alugamos. Só conseguiríamos se fosse por um preço ínfimo", explicou.
O administrador contou que, mesmo com a redução do preço de locação, o proprietário não conseguiu um inquilino que aceitasse ter sua loja com vista para os canteiros. "Sem as obras, o preço de aluguel do espaço sairia por volta de R$ 35 mil. O dono ainda tentou baixar para R$ 25 mil, mas não adiantou. Ele resolveu esperar a obra acabar para poder alugar", disse.
Cafeteria registra queda de 50% nas vendas  (Foto: Guilherme Brito / G1)Cafeteria registra queda de 50% nas vendas (Foto: Guilherme Brito / G1)
Loja de vestuário feminino diminuiu horário de funcionamento  (Foto: Guilherme Brito / G1)Loja de vestuário feminino diminuiu horário de
funcionamento (Foto: Guilherme Brito / G1)
Lojas vazias
Ao lado do espaço para alugar, uma loja de uniformes escolares que funciona há 38 anos também enfrenta problemas para reconquistar a clientela. Dulce Soares, uma das donas, disse que, desde o começo da obra, alguns problemas como telefone fixo sem sinal, explosão de canos de água e gás ocorreram na loja, mas que tudo foi devidamente arcado pelo Consórcio da Linha 4 Sul do Metrô. A única coisa que não pode ser paga é a falta de movimento.
"Eu não sei precisar quanto, mas o movimento diminuiu bastante. Os clientes antigos ainda vêm, mas novos está difícil. E a previsão de liberar a rua é só para 2016", comentou a comerciante.
Se a loja de uniformes tem clientes antigos que ainda resistem, as de vestuário feminino não têm a mesma sorte. Em outro ponto da Ataulfo de Paiva, uma grife de roupas diminuiu o horário de atendimento para poupar gastos. São, ao todo, menos cinco horas de funcionamento por semana.
"Nós tivemos uma queda de 60% nas vendas. Nem as clientes antigas querem vir.  Nosso público é de classe alta, ninguém quer entrar em vielas escuras, barulhentas e sem segurança para fazer compras", lamentou a gerente, que reclamou também da poeira da obra nas peças de roupa.
O Consórcio Linha 4 Sul informou que mantém uma equipe em contato permanente com moradores e comerciantes da região afetada pelas intervenções, com o objetivo de minimizar os impactos das obras. "Os profissionais buscam o diálogo constante com a comunidade para entender suas necessidades e encontrar formas de atendê-las sempre que possível", diz a nota enviada.
Ainda segundo o consórcio, "em Ipanema e no Leblon, durante toda a obra, são mantidos o acesso ao comércio e a passagem de pedestres pelas calçadas. O Consórcio instalou sinalização especial nos tapumes para indicar que as lojas continuam funcionando normalmente. Nos tapumes, cuja parte de cima é feita de tela para possibilitar a passagem de luz natural, há iluminação reforçada e câmeras para dar maior sensação de segurança aos pedestres e comerciantes", explicou a nota.
Consórcio do Metrô disponibiliza avisos sobre o funcionamento das lojas  (Foto: Guilherme Brito / G1)Consórcio do Metrô disponibiliza avisos sobre o
funcionamento das lojas (Foto: Guilherme Brito / G1)
Aluguéis não acompanham
Mesmo sem a vista obstruída, uma famosa cafeteria da avenida também sentiu o impacto no orçamento. Segundo o supervisor Patrick Costa, a falta de veículos nesse trecho também diminuiu o movimento de clientes, mas o preço do aluguel do espaço continuava difícil de negociar.
"O dono da loja conseguiu um acordo e fechou a renovação do contrato por cerca de R$ 40 mil por mês. Foi difícil negociar, mesmo com o argumento de que as vendas na loja caíram 50%."
Para os comerciantes, só resta esperar e sonhar com o ano de 2016, quando o Rio deve ter mais turistas andando nas ruas com as Olimpíadas e chegando ao bairro do Leblon de metrô, após uma longa jornada de intervenções. "Só me resta esperar pelo melhor", disse o supervisor da cafeteria.

TEXTO RECEBIDO

Por que os prédios em Ipanema estão ruindo


O tatuzão que foi comprado e especificado e custou 5 vezes mais que um equipamento regular, tem a capacidade de escavar a 40 mts. De profundidade. Ele saiu da rocha na Gen. Osório a esta profundidade e veio subindo até sair da rocha na Barão da Torre a 18mts. e tem de chegar à praça com 12mts. de profundidade. A boa técnica determina que a cobertura mínima seja o dobro do diâmetro do equipamento. No caso o nosso tem 12.5 mts . Então a margem de segurança mínima seria de 25mts. Trabalhando com pouca  cobertura, que certamente se deve à profundidade da estação N. Sra. da Paz, porque se o tatuzão tem de chegar à ela com 12mts. é porque esta é a medida para o trem poder adentrar a estação. A estação N. Sra. da Paz  foi construída com 12 mts. de profundidade porque um estudo de demanda encomendado à Funda cão Getúlio Vargas concluiu que a população não iria aceitar uma estação muito profunda. É claro que quanto mais profunda for a estação mais cara também ela sairá. Existem duas opção ambas igualmente perigosas porque que colocam em risco de vida a população:
- fazer injeções de “Jet ground” para concretar o solo. É uma tércnica muito arriscada porque as colunas de Jet ground podem ceder, quebrar, sair do lugar etc. Situação similar já aconteceu no Canadá com um tatuzão escavando com pouco profundidade e usando o Jet ground para tentar segurar o solo.

- sem Jet ground e com pouca cobertura – o risco é que a pressão da máquina impulsione todo o material do solo – lençol freático, bolsões de argila, areia mole e água para cima causando uma implosão.
 De toda forma, com esta cobertura abaixo da margem mínima de segurança tem risco para a população. Uma solução seria vir com o tatuzão durante todo o percurso com 40mts, passar por debaixo da Estação N. Sra. da Paz que já está praticamente pronta abandoná-la ou então refazer a estação para que ela fique compatível com a profundidade do tatuzão. O custo da estação N. Sra. da Paz já está calculado em um bilhão e cinqüenta milhões de reais!  . Quem arcará com o custo de abandonar a estação ou refazê-la gastando mais um bilhão? É dinheiro público que falta na saúde, educação segurança, infra estrutura etc

JORNAL METRO


VERGONHA ! MORADORES PEDEM SOCORRO POR CAUSA DO METRÔ









CRATERAS DA BARÃO DA TORRE

Deputado quer audiência pública sobre cratera em Ipanema

Moradores também vão entrar com ação no Ministério Público

Jornal do Brasil
O deputado Luiz Paulo, do PSDB, entrou com requerimento na Alerj para a realização de audiência pública para que as autoridades expliquem o surgimento de duas crateras na rua Barão da Torre, em Ipanema, em função das obras que vão estender o trecho do metrô da Praça General Osório até a Praça Nossa Senhora Auxiliadora. O ofício, entregue para aprovação das Comissões de Transporte e de Obras, pede que sejam convocados para esclarecimentos aos moradores  da região o Consórcio Linha 4 Sul, as secretarias de Estado de Transportes e daCasa Civil, além da Defesa Civil do município.
As crateras apareceram na madrugada de domingo, no último dia 14, e provocaram pânico entre os moradores dos prédios do local. A Defesa Civil municipal imediatamente interveio e paralisou as obras. De acordo com Luiz Paulo, os afundamentos na rua se devem à ação do tatuzão, máquina que está perfurando o túnel em uma região arenosa. "Um dia o mar chegava até ali e a areia é um dos solos mais complexos para você fazer escavação, pois os grãos não se unem", explica.
Segundo Ignez Barreto, do Projeto Segurança em Ipanema (PSI), um movimento que reúne moradores do bairro, os moradores decidiram em reunião entrar com uma ação junto ao Ministério Público " Vamos pedir que a obra, que está parada, só seja retomada quando soubermos direito o que aconteceu. Queremos que eles estudem e debatam conosco sobre a solução que vão apresentar, porque isso de fazer obra sem discutir com a população já vimos que não dá certo", comentou a moradora do bairro.
O parlamentar diz que pode ter havido fuga de areia no momento em que o tatuzão ia furando o solo, desestabilizando a superfície do entorno e provocando o afundamento. "Pode ter havido infiltração de uma galeria de água pluvial que se rompe ou então de uma pequena adutora, o que também pode promover fuga de areia".
Para o deputado, o principal esclarecimento que as autoridades podem fornecer é se houve falha no projeto, na execução, ou se houve questões imprevisíveis. "Na forma como esse projeto foi desenvolvido, sem licitação e sem estar no planejamento metroviário da nossa cidade, as hipóteses de um projeto incompleto ou de uma falha na execução, ou até mesmo as duas associadas, é uma hipótese provável", avalia Luiz Paulo.