CONVITE


FIM DE SEMANA

Fim de semana será marcado por manifestações para votação do projeto Ficha Limpa

Isabel Braga


BRASÍLIA - Dispostos a pressionar os deputados pela votação do projeto Ficha Limpa, que veta a candidatura dos políticos que têm condenações na Justiça, os integrantes do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) intensificam as manifestações, em vários locais do país, neste final de semana. O deputado Chico Alencar (PSOL-RJ), um dos que encampou o projeto de iniciativa popular, destaca o ato proposto por jovens em mobilização via internet, que acontecerá no próximo domingo, no Rio. A concentração começa às 9h, no Posto 9, Praia e Ipanema.

- No Rio, há a mobilização espontânea de jovens, articulados pela rede da internet. O ato vai percorrer a Orla de Ipanema, parando em cada posto da praia para convocar a população a pressionar o Congresso - contou Alencar.

Em São Paulo, no domingo haverá caminhada e coleta de assinaturas no Parque do Ibirapuera, a partir das 10h (concentração na Praça do Porquinho).

Para o deputado, é muito importante que a sociedade se mobilize, já que há um forte movimento contrário de parlamentares que não querem, de forma alguma, a votação do projeto. O site do MCCE informa que além de manifestações por todo o Brasil, a ONG Avaaz promoverá ato em frente ao Congresso Nacional, com um grupo de teatro de rua, e está convidando pessoas a participar do movimento, levando ao local produtos de limpeza, vassouras e baldes para a "limpeza" simbólica do Congresso Nacional.

O presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), marcou para a próxima terça-feira, em sessão extraordinária, a votação do requerimento que garante trâmite em regime de urgência da proposta, ou seja, sua análise pelo plenário da Câmara. O requerimento foi assinado pela maioria dos líderes, mas terá que ser submetido ao plenário. Só se for aprovado, permitirá que a proposta entre na pauta e seu mérito seja analisado pelo deputados.

Os integrantes do MCCE estão tentando mobilizar a sociedade para o envio de e-mails a seus representantes eleitos, como forma de pressão a favor da votação. Na próxima terça-feira, começa em Brasília a Assembleia Geral da CNBB, que reunirá bispos de todo o Brasil na capital. A CNBB integra o MCCE e foi uma das entidades que mais atuou na coleta das mais de 1,6 milhão de assinaturas de eleitores que apoiam o projeto de iniciativa popular.

Na última quarta-feira, o relator do projeto, deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP), apresentou, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), apresentou texto que flexibiliza ainda mais a regra proposta no projeto de iniciativa popular. O novo texto mantém o veto à candidatura dos que têm condenações por crimes graves, em instâncias colegiadas da Justiça (decisões tomadas por mais de um juiz), mas permite que o condenado recorra a uma instância superior para tentar suspender a inelegibilidade e concorrer. O efeito suspensivo tem que ser aprovado também por um colegiado de juízes e provocará a tramitação prioritária do processo criminal ou eleitoral no tribunal.

Antes mesmo de qualquer discussão de mérito, cinco deputados pediram vistas do projeto, o que adiou a votação por duas sessões na comissão. Para evitar maior desgaste, partidos da base aliada somaram-se aos de oposição e assinaram a urgência para tentar votar o projeto em plenário, na próxima terça-feira. Na CCJ, deputados apontavam novos problemas do texto acordado, como a inclusão de crimes ambientais, crimes de racismo e de trabalho escravo, no rol de crimes que tornam o candidato inelegível. Há receio também em relação aos crimes eleitorais.

- Do jeito que está, não passa no plenário. O PTB vota contra - avisou o deputado Nelson Marquezelli (PTB-SP).
Favorável à proposta, o deputado Flávio Dino (PCdoB-MA) resumiu:
- Existem dois blocos, os que são a favor do projeto e os contrários, que inventarão qualquer pretexto para barrar a proposta.

CRIME

Desembargadora federal é assaltada em Ipanema

O Globo

RIO - A desembargadora federal Maria Aparecida Coutinho de Magalhães teve a bolsa roubada no fim da noite desta quinta-feira, quando saia de uma churrascaria na Praça General Osório, em Ipanema.
Policiais Militares do 23º (Leblon) viram a ação, perseguiram e prenderam o bandido, que estava desarmado.
A vítima prestou depoimento na 14ª DP (Leblon), onde o caso foi registrado. A polícia identificou o assaltante como Leonardo Teixeira da Silva, de 29 anos.

ANCELMO .COM

Pancadaria

Nos últimos três fins de semana, teve briga na boate Baronneti, em Ipanema. Sábado passado, a pancadaria foi promovida por um grupo liderado pelo filho de um bicheiro.
Ninguém deu queixa.

EU REPORTER

Enviado por leitora Maria Cristina de Camargo Leite -

EU-REPÓRTER

Ponto final da linha 125 tumultua passagem de pedestres em Ipanema

A Rua Teresa Aragão, em Ipanema, possui um pequeno espaço para pedestres, próximo à cabine do ponto final da linha 125. O local virou "point" dos rodoviários da linha e seus amigos. Já tem até taxista! Em dia de sol tem barraca de praia, isopor e bancos plásticos para sentar. A sujeira e mau cheiro são contantes. O sanitário público não é público, é "particular" dos funcionários e seus convidados. Por que parar o ônibus alinhado, um atrás do outro, se um ao lado do outro e na diagonal é "mais natural"? Quanto à manutenção e higiene, não vale conferir. Com isso tudo ainda precisamos nos equilibrar: a calçada da rua em toda a sua extensão, é inclinada. Fiscalização, socorro!

AMIPANEMA

Ata da reunião de 30 de março de 2010

Local: Colégio Notre Dame – 19:30h

Pauta:

1. apresentação do trabalho da Associação de Agricultores Biológicos(abio)
2. Polícia Civil: apresentação do programa DEDIC
3. IBGE: informações sobre o Censo 2010
4. estação do metrô N.S. da Paz

Iniciada a reunião a Sra. Cristina de Brito Ribeiro, coordenadora executiva da Associação de Agricultores Biológicos (ABIO) acompanhada do Sr Augusto Real, agricultor, deu-nos uma amostra do que é a feira orgânica. Só existe uma no Rio de Janeiro: na Glória. Disse, ainda, que é bom que disseminemos a feira, até por questões ambientais. Para ser um produtor orgânico, tem que ser credenciado. Durante a permanência da feira, o local é sempre preservado e higiênico. O número de barracas é em torno de vinte. No máximo, quarenta. Há, também, a vantagem de não ser uma feira barulhenta, sem gritos de feirantes como nas feiras livres. Não há camelôs circulando entre barracas, resposta dada à pergunta de uma moradora.

Foi perguntado como acontece a fiscalização no entorno da feira orgânica, em termos de camelôs; como agirá a Prefeitura. A Sra. Rosemary Gomes, Coordenadora da Economia Solidária e Comércio Justo da Secretaria Especial de Desenvolvimento Econômico Solidário (SEDES), que também faz parte do Movimento de Cultura Familiar, disse que está sendo elaborado um Decreto na Prefeitura para se organizar esse projeto e deixá-lo completamente desvinculado das feiras livres. É pré requisito da Prefeitura ouvir as Associações de Moradores para avalizar o projeto. O regime interno será rigoroso em matéria de padronização e credenciamento. Em quinze anos de feira na Glória, nunca houve invasão de camelôs e outros desvios que existem nas feiras livres
.
Segundo Maria Amélia, a AMIPANEMA tem que amadurecer a ideia da feira orgânica e ver o local a ser instalada. É uma feira só de bairro e pequena. Os próprios produtores é que venderão nas barracas. Haverá nova reunião para se discutir melhor a questão da feira orgânica e qual o local mais apropriado.

Contatos:
ABIO 2625-6379 / 2225-7426
SECRETARIA (SEDES) 2588-9155/56
Sra. Rosemary Gomes – Coordenadora de Economia Solidária e Comércio Justo:
rosemary.gomes@sedes.rio.rj.gov.br


A seguir, Maria Amélia passou ao assunto em pauta da Polícia Civil. O Inspetor Fabio Figueiredo começou apresentando um filme institucional por conta do Projeto DEDIC, visando esclarecer a função da Polícia Civil. É uma polícia repressiva e judiciária. É bom que a sociedade civil organizada se junte à polícia também organizada.

DEDIC: Delegacia de Dedicação Integral ao Cidadão. O DEDIC estará diretamente ligado aos cidadãos. E há uma diferença de escalonamento de pessoas na delegacia. Só poucos estarão no atendimento e o resto, agindo em função da resolução dos casos pendentes. Com uma simples mudança, estão sendo resolvidos problemas de falta de pessoal. O DEDIC, com os meios que dispõe, deve atender melhor as ocorrências, mesmo com toda a defasagem existente. Até a problemática de mudança de delegado nas delegacias o Projeto irá assumir. Até então traziam outros funcionários e as investigações eram interrompidas; algumas vezes, sem serem solucionadas. Houve também um aumento de aparelhos tipo laptop, computadores, etc. para mais agilidade dos processos.

A DEDIC irá para as ruas sem estar caracterizada e, por isso, não será percebida pelos meliantes. Isso facilitará a apreensão dos meliantes que estão em ação.
Com a DEDIC há o poder de escolha na comunicação do delito: na residência ou na delegacia. Quando eles forem à sua residência, estarão devidamente identificados. Isso tudo através de e-mail e, pois, na delegacia será feita a comunicação à sua residência de quem irá lhe atender, quantas pessoas, etc. Os policiais só irão à residência do denunciante caso o fato tenha ocorrido na mesma área de cobertura da delegacia.

Ampliando a capacidade de investigação há as redes de relacionamento com página no Orkut, Twitter, e-mail, telefone, etc.. tudo à disposição dos cidadãos.
Todo cidadão pode fazer denúncia em qualquer delegacia. Com isso, todos ganham: policiais e cidadãos. E o disque denúncia continua sendo útil e é um parceiro do DEDIC que não é um patrulhamento ostensivo mas, sim, repressivo.

As viaturas da Polícia Civil são cinza ou prata, modelo Sandero.

Delegado Fernando Veloso - titular da 14ªDP: fveloso@pcivil.rj.gov.br
14ªDP 14dprj@gmail.com
www.policiacivil.rj.gov.br

Foi denunciada a ação de flanelinhas na Teixeira de Melo e na Jangadeiros e a incapacidade da PM e da Prefeitura em resolver a situação. O Sr. Carlos Moraes, representando o Deputado Federal Antônio Carlos Biscaia disse que está em andamento um projeto de lei de autoria do Dr. Biscaia enquadrando os flanelinhas como praticantes de crime de extorsão.
Maria Amélia apresentou o assunto do Metrô, estação na Nossa Senhora da Paz. Mario Carlos, diretor de transportes da AMIPANEMA e funcionário da RioTrilhos disse que não há projeto do Metrô para estação na Nossa Senhora da Paz.

Como não foi possível o comparecimento do funcionário do IBGE, deve-se agendar outra data.
Terminada a pauta, encerrou-se a reunião.
Próxima reunião : última terça-feira de maio -- dia 25

COMPAREÇAM

Política

'É hora de gritar: ficha limpa, nós apoiamos
'
Publicada em 27/04/2010 às 13h26m

Artigo do leitor Daniel Vasconcellos Archer Duque

Temos, no Brasil, uma certa convergência de opiniões sobre a corrupção. Apesar de discordarmos e debatermos sobre quase tudo, nós, brasileiros, concordamos que a corrupção é um grande problema para o desenvolvimento de nosso país. A questão é: o que podemos fazer para mudar esse infeliz quadro nacional?

Todos falam, obviamente, em uma reforma política. No entanto, pouco se fez ou cobrou para que tal projeto fosse levado adiante. Enquanto se discute minuciosidades de tal reforma, continuamos com o mesmo sistema político ineficiente e problemático. Tudo que se conseguiu até agora no Congresso foram mudanças insignificantes nesse modelo.

Seria de se decepcionar tamanha falta de iniciativa brasileira para que se, ao menos, diminua a corrupção no Brasil. Entretanto, nos animamos ao ver, finalmente, uma campanha que está dando certo. Lançada em abril de 2008, a Campanha Ficha Limpa promove um projeto de lei por iniciativa popular que proíbe a candidatura de políticos com problemas na Justiça, podendo ser essa uma medida eficaz para a redução da corrupção no país.

A campanha já conseguiu acumular quase 2 milhões de assinaturas e, em setembro de 2009, enviou o projeto de lei para ser votado na Câmara Legislativa. Infeliz, mas não surpreendentemente, boa parte dos deputados foi contra a votação da lei. Seus votos, todavia, são abertos, viabilizando a cobrança do povo daqueles que votarem contra. Além, então, de adiarem a votação, estão tentando mudar o texto para que as condições de ilegibilidade sejam muito menos abrangentes. Assim, teremos uma lei ineficiente, com políticos "ficha-suja" ainda presentes nas eleições.

É nessa hora que a população precisa se mobilizar. As tentativas de proibir a candidatura de políticos com problemas na Justiça datam de mais de 20 anos, porém, só agora foi possível uma real esperança. É preciso que a lei seja aprovada até o dia 5 de maio para que valha para as eleições de 2010. Não podemos deixar que o projeto de lei não passe pela Câmara, precisamos agir o mais rápido possível.

Por esse motivo, a Nova Organização Voluntária Estudantil (NOVE), em parceria com outras pessoas, está realizando uma passeata no dia 02/05, domingo, a favor da votação da lei. Ele acontecerá às 9h no Posto 9, na Praia de Ipanema. A mobilização está acontecendo, muitos já confirmaram sua presença, entre eles políticos e famosos. Agora é a hora de todos se moverem. É a hora de todos gritarem: "ficha limpa, nós apoiamos"
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TOCA DO VINÍCIUS - 116 ANOS DE IPANEMA


CADEIA !!!!




Preso casal especialista em furtar bolsas nos restaurantes da Zona Sul

Publicitária foi ressarcida em R$ 1.850 por furto em self-service de Ipanema.

Peruanos, identificados pela web, têm longa lista de passagens pela polícia.

Carolina Lauriano Do G1 RJ


Peruanos assaltavam em restaurantes da ZonaSuldo Rio (Foto: Divulgação / Polícia Civil)

Deixar a bolsa ou a mochila na cadeira ao lado, em bares ou restaurantes, é hábito de muita gente. Mas o gesto corriqueiro pode ser perigoso. Uma publicitária de 31 anos, que prefere não ser identificada, teve o iPhone e mais R$ 50 furtados em um restaurante de Ipanema, na Zona Sul do Rio, enquanto jantava. Os ladrões foram filmados e detidos na tentativa de aplicar o golpe de novo.
Luis Miguel Mezarina Sandoval e Evia Ysabel Cabrera Godilho, ambos peruanos, foram presos em flagrante uma semana depois, no mesmo local, tentando aplicar o mesmo golpe.
O estabelecimento - o restaurante Frontera - depois de identificar o casal de assaltantes através das câmeras de segurança, ressarciu a publicitária com um depósito total de R$ 1.850 (R$ 1.800 pelo Iphone).
O casal estava com outros seis celulares na mochila, um deles supostamente roubado no mesmo dia, no restaurante Monchique, em Copacabana, também Zona Sul. O caso está sendo investigado pela 14ª DP (Leblon), onde eles já tinham mais três passagens pelo mesmo crime. De acordo com a polícia, o casal é conhecido por praticar furtos em estabelecimentos da Zona Sul e ainda tem registros em outras delegacias da região.
'Agora todo lugar que eu vou, fico com a bolsa no colo'A rede de restaurantes Frontera trabalha basicamente com o esquema de buffet self-service, ou seja, os clientes se levantam com frequência para se servir. Entretanto, o que mais impressionou a publicitária foi descobrir que toda a ação, ocorrida há três semanas, foi realizada quando ela estava sentada ao lado da bolsa.
“Fui jantar com uma amiga por volta das 20h30. Tudo aconteceu quando eu estava sentada, e não quando eu levantei para pegar a comida. Na imagem aparece um cara na mesa atrás de mim. Ele coloca a mão pra trás, pega a bolsa, passa para a mulher que está na frente dele, por debaixo da mesa. Ela pega, bota na cadeira dela e se levanta para se servir. Quando ela volta, ela abre a bolsa, pega o meu Iphone e os R$ 50 da carteira e devolve a bolsa pra ele. Aí ele coloca de volta na cadeira do meu lado”, descreve a cliente.
Ela contou ainda que antes de o casal se sentar atrás da sua mesa, eles trocaram três vezes de lugar, na intenção de encontrar o local mais estratégico para dar o golpe.
“Agora todo lugar que eu vou, fico com a bolsa no colo. Eu vi dois extremos na mesma situação. Um é que tem gente bacana nesse mundo, porque o restaurante foi muito correto comigo, e o outro lado, que é o ser humano que faz qualquer coisa para se dar bem”, desabafou.
Casal flagrado uma semana depoisA publicitária sentiu falta do telefone quando voltava para casa. Ela retornou ao restaurante na mesma hora, disse que tinha certeza que entrou com ele no local, mas ninguém conseguiu achar. O gerente, então, pediu para ela voltar na manhã seguinte para conferir as imagens das câmeras de segurança e, caso fosse comprovado que ela tinha sido furtada dentro do estabelecimento, a empresa ia ressarci-la.
Depois de assistirem mais de duas horas de fita no dia seguinte, eles conferiram toda a ação do casal. “Pagamos o prejuízo dela. A gente não tem obrigação, mas é pelo comprometimento com o cliente e o prejuízo”, disse Eduardo Guerreiro, gerente do restaurante.
Uma semana depois, no último dia 12, o casal voltou ao restaurante. O circuito de segurança identificou os assaltantes e os seguranças avisaram o gerente, que estava em casa. Ele acessou o sistema através da internet e conseguiu reconhecer o casal. A polícia foi chamada e, os peruanos presos em flagrante.
O gerente, que trabalha há mais de 4 anos no restaurante, contou que nas outras três filiais já ocorreram outras três tentativas desse mesmo tipo de assalto, mas todos foram sem sucesso porque o sistema de segurança conseguiu flagrar imediatamente. Essa foi a primeira vez que houve um furto.
“Tem muito cliente que tenta ganhar dinheiro tentando ser ressarcido. Já teve vez que o cliente disse que entrou com notebook e a gente constatou nas imagens que ele entrou sem nada. Quando a gente tem a prova, a gente se sente no direito moral de ressarcir”, ressaltou ele.
Bando peruanoNa delegacia, a polícia encontrou mais seis celulares na mochila do casal. A publicitária furtada na semana anterior também foi chamada para fazer o reconhecimento dos assaltantes. A delegada, então, ligou para o único aparelho que estava desbloqueado. A vítima, furtada naquele mesmo dia, atendeu e acabou indo à 14ª DP fazer a ocorrência. Ela contou que chegou a perceber uma movimentação na cadeira do restaurante, mas a peruana teria se virado e dito “sua bolsa caiu”.
De acordo com a polícia, um outro peruano, Fernando Santiago Garrido Riquelme, que também agia com o casal, foi preso em 2007 pelo mesmo golpe.
“Eles entram no restaurante, se fazem passar por cliente e em um momento oportuno subtraem alguns pertences da bolsa, como cartão, cheque, dinheiro e celular. Não é a primeira vez que eles aparecem, são figuras já conhecida por alguns seguranças de estabelecimentos da Zona Sul”, afirmou o Alessandro Thiers, delegado assistente da 14ª DP.
O casal peruano agora aguarda a decisão da Justiça. A polícia também enviou o caso para a Polícia Federal, para checar se a situação deles no Brasil é regular. Segundo Thiers, a pena máxima para esse tipo de crime é de 4 anos, por se tratar de um delito sem violência nem grave ameaça. “Mesmo que condenados à pena máxima, eles acabam soltos em pouco tempo, por bom comportamento, por exemplo”.
A polícia ressalta que é importante que esse tipo de furto seja comunicado à delegacia, para que o registro faça parte das estatísticas da polícia.

CONSELHO COMUNITÁRIO

Amigos
É com satisfação que convido todos os moradores e frequentadores dos bairros que compõem a Região Integrada de Segurança Pública do 23° Batalhão da Polícia Militar, a comparecerem à nossa 4ª reunião do ano de 2010 do CONSELHO COMUNITÁRIO DE SEGURANÇA PÚBLICA no dia 29 de abril (quinta-feira) às 10:00 horas nas dependências do 23° BPM do Leblon (entrada pela Av. Bartolomeu Mitre).
Teremos as presenças de, como convidados especiais:
- o Sr. Ministro de Estado Carlos Mink,
- o Deputado Federal e ex Secretário Nacional de Segurança Pública Antonio Carlos Biscaia. Além dos nossos convidados, estarão presentes os não menos ilustres membros natos do nosso Conselho e demais autoridades municipais e estaduais.
Amigos, compareçam à nossa reunião, pois teremos a oportunidade de levar nossas demandas e reclamações às autoridades competentes.

Conforme orientação do Instituto de Segurança Pública aos Conselhos Regionais, as nossas atas, à partir deste ano, serão alvo de análise minunciosa, buscando medidas mais eficazes para solucionarmos o mais breve possível os problemas colocados pela população em nosso Conselho. Com certeza, após as as novas medidas adotadas pela Secretaria de Segurança Pública, o ISP e a Coordenação dos Conselhos Comunitários de Segurança, as nossas reuniões terão uma nova visão, terão um novo status para benefício de todos. É o que buscamos! Paz social e ordem urbana..Amigos, cito o grande mestre Rui Barbosa: -
Quem não luta pelos seus direitos, não é digno deles!
Saudações comunitárias,um forte abraço para todos

Augusto BoissonPresidente do Conselho Comunitário de Segurança Pública RISP-23
Presidente da Assoc. de Moradores e Propr. de Prédios do Leblon
Coordenador do Movimento Rio Cidade Legal
E-mail: acboisson@hotmail.com
Site - http://www.freewebs.com/augustoboisson
Cel: 8626-9625 Fixo: 2540-5891

CADEIA NELA !

Procuradora aposentada é acusada de agredir filha adotiva de 2 anos

Polícia abriu um inquérito para investigar o caso.Conselho Tutelar registrou uma queixa de maus tratos
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Do Jornal da Globo

Uma procuradora de Justiça aposentada é acusada de agredir a filha adotiva de dois anos, no Rio. No último dia 15, logo após receber a denúncia, o Conselho Tutelar retirou a menina do apartamento onde morava com a mãe, em Ipanema, na Zona Sul. A polícia abriu um inquérito para investigar o caso e começou a ouvir as testemunhas nesta segunda (26).
Segundo o conselheiro, a criança estava no chão do terraço onde fica o cachorro da procuradora aposentada Vera Lúcia Gomes. De lá, a menina foi levada para um hospital. Com os olhos inchados, ela precisou passar três dias internada.


Na delegacia, o Conselho Tutelar registrou uma queixa de maus tratos e apontou a procuradora como a única responsável pela violência. Uma gravação que teria sido feita dentro do apartamento da suspeita mostra um dos momentos de agressão. A voz seria da doutora. O choro seria da menina adotada por ela há pouco mais de um mês.
Uma empregada que trabalhou para a promotora, que não quis se identificar, afirmou que a doutora agredia a menina. “A doutora Vera acordava com a garota. Dava bom dia e ela não respondia, era motivo pra bater nela. Aí batia muito. Batia no rosto, na cara e puxava o cabelo”.
AgressõesAbandonada pela mãe num abrigo, a menina de dois anos foi levada em março para o amplo apartamento de luxo da promotora, em Ipanema, onde ela teria sofrido agressões e humilhações. Segundo a empregada, a doutora batia na criança na frente dos outros funcionários da casa.
“Ela (promotora) levantou a garota pelo cabelo e dava mais, levou até o quarto dando tapa", afirmou uma babá que também trabalhava para a promotora.
Por causa da violência que dizem ter presenciado, as funcionárias abandonaram o emprego. Agora elas são as principais testemunhas do caso. A empregada contou que a menina não pedia ajuda: “Não pedia. Só chorava. Não tinha como pedir, porque ela não podia chegar perto da gente”, completou a doméstica, que completou dizendo que não chamou a polícia por medo: “Ela sendo uma pessoa poderosa, a gente tinha medo mesmo”.

"Dane-se", diz promotoraPor telefone, a promotora desqualificou a denúncia: “Meu senhor (riso) eu... sem resposta”. Ao ser questionada sobre a denúncia, a doutora respondeu: “Meu senhor, dane-se! Azar, azar. Que tenha vinte.”

O chefe da procuradora aposentada, Cláudio Lopes, também determinou a apuração da denúncia. “Em tese, você pode ter a caracterização de delito de maus tratos, pode ter uma simples lesão corporal, ou, dependendo das provas, pode até se caracterizar um delito de tortura”, disse.A juíza titular da Vara da Infância e da Juventude do Rio de Janeiro, Ivone Caetano, garante que a procuradora perdeu o direito de tentar novas adoções. “Ela já mostrou o perfil dela. Por que nós vamos colocar outra criança a mercê de uma criatura dessa natureza?”.A nova vida da garota fora do abrigo durou muito pouco. Depois de passar quase um mês na companhia da procuradora aposentada, ela foi levada de volta para a instituição pelo Conselho Tutelar.

“É feito um trabalho psicológico antes de se colocá-la para nova adoção, para que ela perca todo o trauma recebido por tal tratamento”, completou a juíza

PRISÃO

PF prende em Ipanema surfista suspeito de aliciar 'mulas' para o tráfico

Antônio Werneck

RIO - A Polícia Federal do Rio está investigando as conexões com o tráfico do surfista Ronaldo Batista Cavalcanti de Moura, de 33 anos, preso no sábado passado em seu apartamento, na Rua Jangadeiros, em Ipanema. Na casa do surfista, que chegou a participar de competições amadoras no país, policiais federais encontraram uma pequena quantidade de skank (espécie de maconha com alta concentração de THC), balança de precisão e dois laptops. Os agentes chegaram ao surfista depois de prenderem, na última sexta-feira, o estudante Renato Durão Fernandes d'Oliveira, de 23 anos, morador do Recreio dos Bandeirantes.
Renato foi flagrado por agentes federais da Delegacia do Aeroporto Internacional Tom Jobim (Dain) tentando embarcar para a Holanda, em um voo com conexão em Lisboa, com cerca de 2,5 quilos de cocaína divididas em três tabletes escondidos dentro da mochila. Estudante levaria cocaína para a Europa e traria ecstasy
O estudante foi pego ao passar pelo raio-X da Receita Federal. O jovem confessou que pretendia levar a droga para Amsterdã e entregou Ronaldo, com quem fez um acordo: levaria a cocaína para a Europa e voltaria de lá com ecstasy. Pelo serviço, receberia R$ 30 mil, além de ter todas as despesas pagas.
Em depoimento, Renato contou que foi aliciado pelo surfista depois de procurar ajuda para arranjar dinheiro para pagar dívidas. Os agentes acreditam que os débitos foram contraídos depois que o estudante se tornou dependente de drogas e que uma rede de traficantes levou Renato a se tornar "mula".
- Em seu depoimento, ele contou que iria embarcar na sexta-feira para Lisboa, depois voaria para Bruxelas e de trem iria seguir para Amsterdã, na Holanda. Ele recebeu instruções para aguardar num determinado endereço pelo contato de um homem - revelou o delegado Alcyr Vidal, chefe da Dain.
Para ampliar o combate ao tráfico, a PF anunciou que nos próximos dias deverá chegar ao Rio equipamentos de raio-X para serem instalados nos aeroportos. Os chamados body scanners foram doados pelo governo americano à PF. Eles são capazes de realizar uma varredura completa em cerca de 300.000 pontos no corpo humano, produzindo imagens em monitores em formatos 3D. Os aeroportos do Galeão e Santos Dumont serão os primeiros a receber os scanners

ALERTA !

Exclusivo: José Alencar é vítima de extorsão

Hildegard Angel, Jornal do Brasil

RIO E BRASÍLIA - O vice-presidente da República, José Alencar, foi vítima, na noite de domingo, em seu apartamento no Rio, do golpe do falso sequestro. Sem empregados em casa, em Ipanema, ele mesmo atendeu ao toque do telefone, aceitando a chamada a cobrar e ouvindo, do outro lado da linha, o choro forte de uma jovem, que ele julgou fosse uma de suas filhas. Ela apelava, desesperada: “Meu pai, meu pai, me pegaram, meu pai, estou amarrada, paga logo eles para eles me soltarem, meu pai!”. Ato contínuo, um suposto sequestrador assumiu o telefone, anunciando que a moça estava em seu poder e exigindo R$ 50 mil de resgate.

Muito tenso, Alencar tentou argumentar, alegando não ter, àquela hora, tal soma. “Não sou do Rio, não tenho tudo isso aqui!”. O criminoso, irredutível, também pediu joias. Alencar explicou que sua mulher, muito religiosa, fizera promessa e não as tinha. Depois de negociar sob pressão emocional, ouvindo o choro da “filha” ao fundo, Alencar conseguiu baixar para R$ 20 mil e, em seguida, sem desligar, acionou o empresário Walter Moraes: “Preciso pegar R$ 20 mil com urgência no Banco do Brasil”. O amigo se prontificou, ouvindo: “Então manda providenciar para mim, é uma emergência, é uma emergência”.

Enquanto aguardava pelo dinheiro, ainda ao telefone, o interlocutor fez a pergunta: “Você trabalha com o quê?”. E ele: “Eu sou vice-presidente da República do Brasil”. E o bandido: “Qual é seu nome?”. “José Alencar Gomes da Silva”. Ato contínuo, o bandido desligou. A segurança da Vice-Presidência apura a origem do telefonema, que, tudo leva a crer, foi mais um a partir de presídios, que, por mais que a população sofra, continuam a receber sinal das empresas de telefonia móvel, mais afeitas ao seu lucro do que às necessidades da população.

Nem o vice-presidente escapa

Thiago Feres

A tentativa de extorsão pelo telefone sofrida pelo vice-presidente da República José Alencar, enquanto estava em sua residência, no bairro de Ipanema (Zona Sul), no último domingo, serve para reforçar o alerta aos moradores da cidade sobre os riscos do golpe aplicado por bandidos. Alencar relatou à colunista do JB Hildelgard Angel que, depois de ouvir uma voz feminina clamando por socorro e ser informado pelos criminosos de que se tratava da sua filha, não desligou o telefone e negociou. Nervoso, conseguiu reduzir o valor de R$ 50 mil – pedido pelos golpistas – para R$ 20 mil. A conversa só não avançou porque os bandidos desligaram após serem informados de que estavam falando com o vice-presidente da República.

Com experiência na investigação desse tipo de crime, o titular da Divisão Anti-Sequestro da Polícia Civil, Marcos Reimão, fez críticas ao atual modelo adotado pelas operadoras de telefonia móvel do país. Segundo ele, a preocupação com o lucro permite que clientes estejam cadastrados nos bancos de dados das empresas sem informações básicas que poderiam solucionar casos de extorsão por telefone.

– O interesse público nunca foi prioridade para as operadoras, já que a parte financeira está acima de tudo e de todos – reclama Reimão. – Em casos policiais, as vítimas estão em risco iminente. Por isso, não podemos aguardar os longos períodos que as empresas nos pedem para levantar alguns dados. Além da demora do Judiciário, ainda precisamos esperar as operadoras.

Outras vítimas

De acordo com o delegado, pelo menos mais dois casos semelhantes ao vivido por José Alencar ocorreram no Rio no último fim de semana. Segundo ele, a pouca divulgação dessa prática criminosa pode estar favorecendo os bandidos. Para evitar prejuízos financeiros e desgaste emocional, o delegado recomenda que a população desligue o telefonema ao ser informado pelos golpistas

– Sei que é difícil, mas a população não deve dar conversa. Desliga o telefone e procura fazer contato com a possível vítima. Caso ela não seja localizada, a polícia é que deve ser procurada – orienta.

Segundo a polícia, normalmente, as ligações dos bandidos partem de dentro dos presídios. No entanto, até o fechamento desta edição, a Secretaria de Administração Penitenciária não havia informado quais unidades do estado utilizam bloqueadores de chamadas, se limitando a dizer que o Complexo Penitenciário de Bangu conta com o sistema. Apesar disso, a pasta não informou se o software utilizado é passível de falhas.

Já as estatísticas do Instituto de Segurança Pública (ISP) não são capazes de precisar se a ação vem aumentando ou sofrendo redução, uma vez que esse tipo de crime é registrado como estelionato, que engloba outras práticas. No último mês de fevereiro, foram 3.344 registros em todo o estado. No mesmo mês do ano passado, o número foi um pouco maior: 3.396.
A Secretaria de Segurança informou que possui uma série de mecanismos gerenciados pela Polícia Civil para combater a extorsão por telefone. Uma delas é a utilização de um software chamado de “guardião”, que consegue rastrear – sempre com autorização judicial – ligações dos suspeitos.

Presídios de segurança máxima são imunes

As prisões de segurança máxima do governo federal, como a de Catanduvas, no interior do Paraná, ou a de Campo Grande (MS), já foram construídas com antenas e equipamentos eletrônicos internos que não permitem o uso de celular num raio de aproximadamente 100 metros ao redor das cadeias.

Não há números porque os registros de ocorrências são irrisórios. As vítimas ficam com vergonha porque, na verdade, trata-se de um estelionato prosaico, que só da certo porque a vítima entra em pânico. Todos os dias centenas de desavisados, especialmente nos grandes centros, caem no golpe. Simulando o papel de bombeiro ou de policial, voz firme como se estivesse atendendo uma ocorrência de acidente, o criminoso telefona a cobrar para um número de telefone fixo qualquer e pergunta ao interlocutor:

“O senhor (a) tem alguém fora de casa?”. Se a resposta for positiva e já vier com o nome de quem está fora naquele horário, começa a grande encenação. Normalmente a pessoa se desespera por imaginar uma tragédia, e então o criminoso encontra o espaço que estava esperando.

Em seguida, avisa que a pessoa está seqüestrada e solta uma gravação, cuja voz deve ser semelhante ao perfil do “seqüestrado”, em geral o filho ou a filha de quem atendeu. Os gritos apavoram. O criminoso passa então a fazer as exigências: a vítima não deve telefonar para ninguém a partir daquele momento e recebe o número de uma conta bancária para transferir imediatamente determinada quantia. Consumado o golpe, quando a polícia vai atrás do dinheiro, a conta do falsário que está fora dos presídios já foi desativada. O valor varia de acordo com o padrão econômico da vítima, mas normalmente o prejuízo fica em torno de R$ 5 mil. Fora o susto.

Memória jb O Grampo inteligente

Durante a feira de material bélico e tecnologia de segurança Latin America Aviation & Defense (Laade), realizada em abril do ano passado no Riocentro, um equipamento de origem israelense ganhou destaque, mesmo sem ter ido para a feira, já que estava em negociação com o governo brasileiro. Se tratava de uma moderna arma simples e eficaz contra o poderio dos criminosos: um sistema de rastreamento, interceptação, bloqueio e interferência em telefones celulares capaz de garantir vantagem em inúmeras situações. Na oportunidade, Paul Porat, gerente de marketing e vendas da Elta Systems – subsidiária do grupo Israel Aerospace Industries (IAI), afirmou que o sistema poderia revolucionar as operações de segurança, sobretudo em ambientes conflagrados como as favelas do Rio. Permitiria que as equipes que fossem entrar em uma determinada comunidade pudessem bloquear todos os celulares em um raio de até 15 quilômetros. A diferença de outros modelos está no fato de que o aparelho pode selecionar números que continuarão abertos. No caso das extorsões feitas a partir de presídios, o invento deixaria liberados os telefones usados por vigilantes e diretores, impedindo apenas bandidos de fazerem ligações das celas em que se encontram.

INVESTIGAÇÃO

PF investiga ligações com o tráfico de surfista preso na última sexta-feira

Antonio Werneck

RIO - A Polícia Federal do Rio está investigando as ligações com o tráfico do surfista Ronaldo Batista Cavalcanti de Moura, de 33 anos, preso sábado, em seu apartamento, na Rua Jangadeiros, em Ipanema. Na casa do surfista, policiais federais encontraram uma pequena quantidade de skank, balança de precisão e dois laptops. Os policiais federais chegaram até ele depois de prender, na última sexta-feira, o estudante Renato Durão Fernandes d' Oliveira, de 23 anos.
Renato foi flagrado por agentes federais tentando embarcar para a Holanda, em um voo com conexão em Lisboa, com cerca de 2,5 quilos de cocaína escondidos dentro da mochila. O jovem confessou que pretendia levar a droga para Amsterdã e que receberia R$ 30 mil pelo serviço. O dinheiro seria pago por Ronaldo.

26 DE ABRIL

Ipanema, 116 anos de bossa e charme

Flávia Salme

Transgressora, criadora de tendências e plural. Aos 116 anos, comemorados amanhã, Ipanema prova que mais do que um bairro de elite é a verdadeira influência do lifestyle carioca.
Passados a Bossa Nova, os aplausos para o pôr do sol, as Dunas do Barato, as tangas de crochê, a barriga da Leila Diniz, o Píer, o Pasquim, e, claro, o Verão da Lata e a Mulher de Branco, o bairro não para de se reinventar.Hoje é centro do consumo de luxo, ponto alto do carnaval carioca – tem até escola de samba, e principal circuito gay na cidade.
O que mais ainda pode enredar?
Política, conta com duas associações de moradores, e uma associação comercial, fora o movimento Projeto de Segurança de Ipanema (PSI).
– As demandas são muitas, a gente precisa se organizar para resolvê-las – explica Maria Amélia Loureiro, presidente da Associação de Moradores de Ipanema (AMIpanema).
Tem ainda a associação do Quadrilátero do Charme, que representa lojas e restaurantes, e também consegue chamar a atenção para problemas locais.
– O projeto de iluminação não é bom. Há poucas lâmpadas nas esquinas, elas não dão conta das quadras do bairro, que são grandes – alerta Bruno Pereira, diretor da associação.
Ipanema quer agora o título de primeiro bairro ecologicamente sustentável. Uma parceria entre a AMIpanema e uma cooperativa de catadores, apoiada pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea), implantou a coleta seletiva solidária, que já conta com pelo menos 18 edifícios.
Apesar dos agitos, nenhuma festa foi programada para marcar o aniversário do bairro.Mas Ipanema não deixa nada passar em branco. No mínimo, vale uma visita à Toca do Vinícius, onde celebrações são sempre certas, e musicais.

Domingo, 25 de Abril de 2010

TERRAS DE NINGUÉM

Areias são terra de ninguém antes de os fiscais chegarem

Caio de Menezes, Jornal do Brasil

RIO DE JANEIRO - Enquanto as equipes da operação Choque de Ordem nas praias e da Guarda Municipal não chegam, as areias de Ipanema, Leblon e Copacabana não têm dono e algumas irregularidades proliferam. Na manhã desta sexta-feira, apenas na Praia do Diabo, pelo menos dez cachorros tomavam conta do local, correndo, pulando e nadando com seus donos.
O intensivista pediatra Mário Eduardo Viana, de 49 anos, refrescava-se com o labrador de seu filho, depois de caminhar e correr desde a Lagoa, onde mora. Além de garantir que seu cão toma vermífugo, o médico disse que adota outras medidas para não afetar a praia. Segundo ele, a fiscalização costuma aparecer por volta de 8h.
– Quando os caras chegam e pedem, saio numa boa, nem reclamo. Mas sempre trago o cachorro, não vejo problemas. A água salgada é excelente bactericida, acaba com carrapatos, desidatrando-os – ressaltou.
Mergulhando na Praia do Diabo com seu buldogue, Rocky Balboa, Jaynne Rushston, de 44 anos, aproveitava o amanhecer. Segundo ela, o hábito é importante “até na formação do caráter do cão”.
– Essa vinda à praia é fundamental e não afeta ninguém. É o momento em que o cão encontra seus companheiros e se socializa. É uma questão de saber dosar, quando começa a chegar gente vou embora, mas, mesmo assim algumas pessoas não entendem, não sabem equilibrar – disse ela, que afirmou “amar de paixão” seu totó. – Os banhistas, que frequentam as praias rotineiramente, às vezes, se comportam pior, largando sujeira na areia.
Nas areias de Copacabana e Leblon, mendigos aproveitam para dormir até a chegada dos fiscais. Nas imediações do Posto 2, por volta das 7h30 desta sexta-feira, nove pessoas ainda dormiam.
– Embaixo de lojas sempre somos expulsos. Aqui somos retirados de vez em quando, mas nunca com violência – disse um dos sem-teto.
Para o comerciário Josué Leal, de 66 anos, a presença constante de pessoas dormindo nos arredores do Posto 2, atrapalha a utilização de aparelhos de ginástica.
– De tanta gente, algumas vezes sequer consigo subir na barra de flexões. Sem falar que fica uma nojeira danada, até coco já fazerem por aqui – lamentou.
O frescobol também é jogado antes da chegada dos fiscais, que acontece por volta das 8h.
Seop estuda ampliar tempo e área de atuação
A Secretaria Especial de Ordem Pública (Seop) informou, através de sua assessoria, que as operações na orla de Ipanema, Leblon e Copacabana devem começar às 7h e terminar às 20h. No entanto, a reportagem constatou nos últimos dias que o trabalho chega a começar por volta de 8h30. Segundo a Seop, é considerada a possibilidade de expandir o horário de ação e a área de atuação do choque de ordem. No entanto, não há prazo previsto para as mudanças.
A Seop informou também que durante os horários em que não atua a operação choque de ordem, as irregularidades só são coibidas mediante denúncias. As reclamações são recebidas pelo Disque Ordem (153), que é gratuito e funciona 24 horas por dia.
Já a Guarda Municipal, também através de sua assessoria, afirmou que atua com 22 homens na Praia de Copacabana, 20 nas praias de Ipanema, Arpoador e Diabo e seis na Praia do Leblon. A esse contingente fixo, juntam-se seis guardas municipais que percorrem as cinco praias de carro, 12 agentes que o fazem utilizando segways. Todavia seu horário de atuação é restrito entre 8h e 19h. Fora desse período, a GM só atende a denúncias feitas ao 153.
Acolhimento
Operações Choque de Ordem realizadas na quinta-feira e ontem, acolheram 46 moradores de rua, sendo 17 menores de idade, em parte da orla da Zona Sul. Os maiores foram levados para o abrigo municipal da Ilha do Governador e os menores para o centro de Triagem do Largo da Carioca.

SUJEIRA

Sujeira

Qualidade da areia das praias cariocas está pior

Maria Elisa Alves

Rio- A Secretaria municipal de Meio Ambiente divulgou nesta segunda-feira nova análise da qualidade da areia das praias do Rio. As amostras foram coletadas entre 21 de março e 8 de abril. A notícia não é boa para os banhistas: dos 35 pontos analisados, 15 tiveram piora, 13 permaneceram com a mesma classificação (que pode ser não recomendada, regular, boa e ótima) e apenas sete melhoraram.
As únicas praias que têm areia considerada ótima são justamente as que são famosas pela imundície da água: Ramos e Botafogo. A explicação para o contraste é simples: como ninguém frequenta a praia, por conta do mar sujo, a areia fica livre de restos de comida e fezes de cachorros, principais vilões da qualidade da areia, segundo a secretaria.
No início de fevereiro, a mesma avaliação revelou que as duas únicas praias cujas areias foram consideradas ótimas para os banhistas eram a da Reserva, no Recreio, e a Prainha . A areia de Ipanema era classificada como não recomendada. No final do mesmo mês, a pesquisa de qualidade das areias das praias demonstrou melhora em Ipanema (que antes recebeu nota máxima de contaminação no trecho da Rua Paul Redfern).

ACIDENTE EM IPANEMA



Elena Devincenzi:

Lourenço Baptista Bicudo:
"Sempre ocorrem batidas na esquina das ruas Nascimento Silva com Aníbal de Mendonça, em Ipanema. Muitas vezes, há feridos. Muitos moradores e eu já falamos com a Cet-Rio e nada de uma solução para o problema. O ideal seria colocar um sinal com luzes amarelas para informar melhor sobre o cruzamento."

Andrea Devai:
"Não, ele não fica nas entranhas do Complexo do Alemão, tampouco no alto do Boréu. Fica ali mesmo, nas quadras mais valorizadas de Ipanema, esquina da Nascimento Silva com Aníbal de Mendonça. É a morte rondando todos que precisam passar pelo local, de carro, de bicicleta e até a pé. É a roleta russa. Nos últimos anos, o índice de acidentes neste cruzamento tem sido de, no mínimo, um por semana - perguntem a qualquer pessoa residente nas redondezas. Os acidentes se sucedem, os porteiros saem para olhar, as pessoas nas janelas dos apartamentos comentam, os transeuntes param. Virou entretenimento. O Corpo de Bombeiros é acionado, a polícia é chamada. Dirão as autoridades: existe sinalização! Sem dúvida, existe. Porém, pelo número de acidentes justo nesta esquina, está claro que a sinalização não atende seu objetivo. É incompreensível como até hoje não foi colocada uma simples sinaleira de alerta, como já existe na esquina da Avenida Henrique Dumont com Barão da Torre. Nada acontece, tudo continua igual. Até o próximo acidente. Há anos. Este das fotos aconteceu na tarde desta segunda-feira, e fiquei indignada - dois taxistas que dependem dos seus veículos para o seu sustento."


CONVITE



Assunto: Fw: Re: Fw: Convite DEDIC - 28/04


O projeto de Segurança de Ipanema está organizando esta reunião para a apresentação do projeto DEDIC que é um experiência pioneira que trará mais eficiência e rapidez ao trabalho da Polícia Civil. Contaremos com a presença do dr. Allan Turnowski, chefe da Polícia Civil do estado do Rio de Janeiro , que muito honra e prestigia não só o PSI como também todos os moradores de Ipanema.
Não é preciso falar da importãncia da divulgação de uma proposta pioneira de segurança pública de óbvio interesse de todos os cidadãos.Gostaria de enfatizar também a importãncia da reunuião e sua boa divulgação. Projetos e intenções boas sempre existem. O problema é a população conseguir fazer com que este círculo de ações públicas se torne virtuoso.Isto só acontece na medida em que ela tem participação ativa e "veste a camisa" das políticas voltadas para ela mesma. Só vamos conseguir exigir aquilo que conhecemos e acompanhamos desde seu início. De modo que peço a todos que divulgem este convite às suas respectivas listagens de vizinhos e amigose façam o trabalho " boca a boca" de divulgação do evento. Precisamos também de voluntários que trabalhem na distribuição dos 5.000 convites nos prédios e condomínios do bairro. Quem puder colaborar na distribuição dos convites, entre em contato comigo. Conto com a participação de todos,
Ignez

BANDALHA !!!





email mandado




Por favor, vocês que são cidadãs engajadas e atuantes, além de terem contato com as pessoas certas, vejam se não conseguem me ajudar a desobstruir este pedaço de rua.

Fica na Rua Anibal de Mendonça, 153 - Ipanema. É uma rua em que é proibido estacionar (na foto DSC00037 podemos até ver a placa que indica a proibição). Entretanto estes "equipamentos" ocupam de modo irregular a faixa da esquerda.

Já tentei inúmeras vezes pelo 153 (Guarda Municipal) e não deu resultado. Tenho até um protocolo de atendimento Nº 51008390-0 quando falei com a Sra. Regina no dia 01/03/2010. Depois liguei algumas vezes e mesmo passando este protocolo nenhuma resposta me foi dada sobre o problema. Inclusive me mandaram ligar para outro número (acho que 2286-5262 / 2579-0830) Neste outro número me mandaram ligar para o 153. (?)

Acho que é só passar lá e recolher o que está na pista.

Muito obrigado,
Sergio







ATA LOGÍSTICA REVERSA DA PRAIA

ata logistica reversa da praia



Ata da quarta Reunião da Logística Reversa da praia.

Aos vinte e nove dias março de 2010, reuniram se, às 15 horas, no escritório do pró-rio, Av. Nossa Senhora de Copacabana, 794, 1106, Copacabana, Rio de Janeiro, o presidente da Pró-Rio, Paulo Joarez Vargas da Silva, Aristeu Barbosa, Vice Presidente da PRAIA-SA, Denilson Guedes, o bandeirinha, representante dos ambulantes itinerantes, Maria J. R.Lopes, Secretaria Municipal de Meio Ambiente, jovanildo, Comitê Gestor da Orla, Jorge Pinheiro, Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Giorgiana Arce, PSI, Projeto de Segurança de Ipanema, Horácio Magalhães, Sociedade Amigos de Copacabana, Olavo, Instituto e.
Iniciado os debates ficou consignado que o projeto piloto terá no máximo 35 (trinta e cinco) barraqueiros de Ipanema. Cada palestra não poderá ultrapassar 50 (cinqüenta) minutos. A pró-rio, será responsável pela elaboração do conteúdo e por ministrar as palestras sobre as demandas da categoria, suas dificuldades, os aspectos gerais da cidade, sua vocação para o turismo e o papel do barraqueiro nesse contexto. A secretaria de Estado de Meio Ambiente e O Comitê Gestor da Orla, farão uma reunião entre si, para elaborar o conteúdo e ministrar as palestras sobre logística reversa, consumo, resíduo seco e molhado, destino do resíduo, reciclagem, impacto do lixo no meio ambiente, níveis de contaminação da água, da areia, do ar enfim a gestão do meio ambiente na cidade.
O conteúdo de todas as palestras, terão uma unidade entre si por meio de recurso áudio visual. Para isso será contratado um profissional dessa área que receberá o material, e trabalhará sob a orientação dos responsáveis pela elaboração de cada conteúdo.
A Giorgiana Arce, PSI, Projeto de Segurança de Ipanema, será responsável por contatar o profissional que vai elaborar o material audiovisual.
Giorgiana Arce, PSI, ficará também com a responsabilidade de entrar em contato com os hotéis para que os mesmos colaborem com o projeto.
Apróxima reunião será comunicada via e-mail de todos os participantes.
Não havendo nada mais a ser debatido a reunião foi encerrada as 18 horas, tendo eu, Aristeu Barbosa, coordenado a reunião e redigido a presente ata.
Rio 29 de março de 2010


Pró rio - Av. Nossa Senhora de Copacabana, 794 sala 1106. Tel.: 3449-9607 ou 3449-9609
Aristeu 7870-6439 Paulo Joarez – 7819-2934

PROJETO LIGHT

Projeto da Light chega aos moradores de Pavão-Pavãozinho e Cantagalo

Redação SRZD

Os moradores do Pavão-Pavãozinho, em Copacana, e Cantagalo, e Ipanema vão ser beneficiados com o Programa Comunidade Eficiente da Light. As ações serão voltadas para substituição de geladeiras, troca de lâmpadas e reforma em instalações elétricas que apresentam risco.
A Light fará a substituição de lâmpadas incandescentes por fluorescentes compactas de 15 watts, até seis para cada residência, e também apresentará as geladeiras eficientes, disponibilizadas pelo projeto, que serão trocadas pelas antigas, após visita técnica.
Os moradores das comunidades receberão também a visita de técnicos da companhia de energia, que vão verificar as condições das instalações elétricas das residências. Após a avaliação técnica, as casas que apresentarem risco terão as instalações elétricas reformadas pela Light, sem qualquer custo para o cliente.
O Programa de eficiência energética da empresa promove o uso racional da energia elétrica, associando ações de cidadania e responsabilidade social à prestação dos serviços, e mostra como é possível consumir energia de maneira segura e sem desperdício através de medidas de economia e mudanças de hábito.

GOLPE



Golpe

Polícia Civil desarticula quadrilha que fraudava compra de materiais na rede pública de saúde

Márcia Foletto, Taís Mendes, Ludmila Curi e G1


RIO - Policiais civis da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Saúde Pública cumprem nesta quinta-feira 15 mandados de busca e apreensão nas residências, consultórios e empresas de suspeitos de forjar documentos para justificar a compra de materiais que não eram usados em procedimentos cirúrgicos. A denúncia partiu de um funcionário do Hospital Municipal Salgado Filho, onde a quadrilha teria um contrato de R$ 6 milhões. O chefe da neurocirurgia da unidade participa do esquema. Além dele, outros envolvidos moram e trabalham em bairros nobres do Rio, como Ipanema, Barra da Tijuca, Lagoa Rodrigo de Freitas, São Conrado e Recreio.
Entre os materiais teoricamente comprados, estão espirais de platina, usadas em cirurgias para conter aneurismas cerebrais. Segundo o site G1 , a polícia informou que a quadrilha é formada pelo dono da empresa que representa o fabricante do material, o gerente geral da empresa, um médico responsável pelo controle de compras do hospital, um vendedor, o chefe e o assistente do setor de neurologia do hospital, entre outras pessoas. Na operação, as equipes da Polícia Civil cumprem mandado de busca e apreensão também em Itaboraí, onde mora uma gerente envolvida.
As empresas que fazem parte do esquema têm contratos de fornecimento de material cirúrgico com o governo federal, estadual e municipal no valor de R$ 120 milhões nos últimos anos, segundo o delegado Fábio Cardoso, que coordena as investigações.
- Nós já identificamos um contrato que alcança o valor de R$ 120 milhões. Todos esses documentos serão investigados para verificar a regularidade, não só com o Salgado Filho, mas com unidades estaduais e federais - disse o delegado Cardoso, em entrevista à Rádio CBN.
De acordo com o site G1, a fraude incluía falsificação de prontuários de pacientes que, por exemplo, se curavam naturalmente, mas teoricamente teriam recebido uma série de 12 espirais de platina - o número máximo que a prefeitura pode comprar sem licitação. Pelo menos três pacientes teriam passado por todo o procedimento cirúrgico, mas não receberam o material implantado.
A operação já passou na casa e no consultório do neurocirurgião Carlos Henrique Ribeiro, chefe do setor no Hospital Municipal Salgado Filho. Os policiais chegaram em sua residência, na Rua Barão da Torre, em Ipanema, nas primeiras horas da manhã, e deixaram o endereço com dois malotes e um computador. De lá, eles seguiram para a Rua Aníbal de Mendonça, na Galeria Ipanema 2000, onde também fizeram buscas. De 2006 a 2008, ele foi presidente da Sociedade de Neurocirurgia do Rio e ainda pertence ao conselho deliberativo da instituição.
A Polícia Civil também fez buscas na casa do empresário Jorge Figueiredo Novaes, dono de três empresas envolvidas no esquema de fraudes na rede pública de saúde. Segundo o delegado Fábio Cardoso, apenas uma delas está seu nome, a Station, que é fornecedora de material médico. As outras duas estariam em nomes de laranjas. Jorge Figueiredo mora no condomínio Golden Green, na Barra da Tijuca, de onde os policiais saíram com dois malotes de documentos, dois revólveres 38 e munição. Na sede da Station, que fica no Centro Empresarial BarraShopping, na Avenida das Américas 4.200, ele foi preso em flagrante por posse ilegal de armas. Segundo o delegado, trata-se de um crime afiançável.
A investigação começou em dezembro, após a polícia receber a denúncia de um funcionário do hospital. O neurocirurgião e os outros envolvidos simulavam ter usado mais equipamentos e medicamentos do que o realmente utilizado.
Em entrevista à Rádio CBN, o secretário municipal de Saúde, Hans Dormann, disse que não tinha conhecimento da investigação e nem havia recebido denúncias do caso, mas apoia a iniciativa.
- Estou tomando conhecimento desses fatos na manhã desta quinta-feira. Vou descobrir até que ponto posso colaborar com as investigações - declarou.
Quem quiser fazer outras denúncias, o número da ouvidoria da prefeitura é 2503 2213, e o e-mail ouvidoria_sms@rio.rj.gov.br.

FRAUDE

Polícia Civil faz buscas em casa e consultório de médico acusado de fraude na Zona Sul

Márcia Foletto

RIO - Policiais civis da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Saúde Pública estão cumprindo mandados de busca e apreensão na casa e no consultório de um médico, em Ipanema. Os policiais chegaram na casa no Médico, na Rua Barão da Torre, nas primeiras horas de manhã e deixaram o endereço, agora há pouco, com dois malotes e um computador. De lá, o médico e agentes seguiram para a Rua Aníbal de Mendonça, na galeria Ipanema 2000, onde também fazem buscas. O nome do médico ainda não foi divulgado. Segundo primeiras informações da polícia, o médico seria acusado de fraudar contratos com o poder público.

RESSACA !

Após temporal, ressaca assusta cariocas

Agência Estado

Por Bruno Boghossian

Rio - O mar revolto, com ondas explodindo na orla e formando um tapete de espuma branca cobrindo a areia de alguns trechos, atraiu curiosos nas praias do Rio. A ressaca provocada por um ciclone extratropical - mais um resultado da frente fria que causou os temporais de segunda e terça-feira - invadiu a ciclovia de Ipanema e levou água a metros da pista do Aeroporto Santos Dumont. A previsão era de que a altura das ondas chegasse ao auge esta madrugada.
"Um fenômeno como esse acontece de 10 em 10 anos. Não é comum, mas não tem nada de anormal", explicou Luiz Guilherme Aguiar, doutorando em engenharia costeira pelo programa de pós-graduação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ).
Desta vez, a ressaca chamou atenção por ter afetado a Baía de Guanabara, que é protegida das ondas e costuma ter águas calmas. "Geralmente, as grandes ressacas do Rio são provocadas por ventos do sul ou do sudoeste. Neste caso, as ondas vêm do sudeste - que é a única direção que entra na baía", afirmou Aguiar.
As ondulações formadas pelo mar agitado quebravam nas pedras que protegem a pista do Aeroporto Santos Dumont e alagaram a via de serviço que fica a poucos metros da cabeceira da pista - o que, segundo a Infraero, não prejudicou os voos. A operação das barcas que fazem a travessia pela Baía de Guanabara entre o Rio e a estação Charitas, em Niterói, teve que ser suspensa.
Durante a tarde, a água chegou à Avenida Vieira Souto, que margeia a praia de Ipanema, e carregou areia até a ciclovia. Surfistas aproveitaram as condições do mar em Copacabana e centenas de curiosos assistiram à formação de nuvens brancas de espuma quando as ondas estouravam.
Os administradores dos quiosques da orla de Copacabana empilharam sacos de calcário agrícola na calçada para proteger as entradas dos banheiros subterrâneos durante a noite, caso a água ultrapassasse a faixa de areia. Estima-se que as ondas possam atingir cinco metros perto da orla, mas Aguiar esclareceu que a plataforma continental brasileira faz com que a energia se dissipe ao longo do trajeto e a altura seja menor na chegada às praias.

MAR EM FÚRIA


DIA 8 / 04 / 2010 ÀS 8,30HS








BARÃO DA TORRE

Moradores de Ipanema temem catástrofe

Thiago Feres, Jornal do Brasil

RIO DE JANEIRO - Moradores de dois prédios na Rua Barão da Torre, em Ipanema (Zona Sul), estão preocupados com a possibilidade de deslizamento de uma enorme pedra e de árvores que tombaram na encosta do Morro do Cantagalo nas últimas chuvas. A tensão tomou conta das cerca de 50 pessoas que vivem nos edifícios 36 e 40.
– Se a pedra rolar, um dos dois edifícios certamente será atingido – alerta o síndico do prédio número 40, Fernando Paes, morador do local desde o nascimento. – A situação pode ser comparada a de um copo cheio d'água atingido por uma goteira: uma hora transborda. Qualquer chuva pode provocar um grave acidente, e vidas estão em jogo.
Durante a manhã desta quarta-feira, os moradores fizeram contato com a Defesa Civil do município, mas, até o início da noite, nenhuma equipe havia chegado ao local. A maior preocupação é de que a situação enfrentada nas enchentes de 1966 se repita.
– Estamos anunciando uma tragédia para evitar problemas passados, quando casas inteiras foram levadas pela força dos deslizamentos. Lembro-me que a Rua Barão da Torre ficou completamente fechada – conta Fernando Paes.
Enquanto isso, no alto do Morro do Cantagalo, algumas famílias aguardam ansiosas pela ajuda das autoridades. Os recentes deslizamentos destruíram completamente uma casa de madeira, onde viviam sete pessoas. O imóvel estava instalado em uma área considerada de risco. Segundo a proprietária, Thaís Eidiane, a única oportunidade de melhoria oferecida pelo poder público foi um financiamento fora das suas possibilidades monetárias.
– Na prefeitura, me fizeram uma proposta para pagar R$ 50, durante 10 anos, num imóvel do programa Minha Casa Minha Vida – explicou ela. – Somos assalariados. Ninguém aqui tem condições de assinar um contrato com esse valor por um período tão longo.
Instalado numa casa ao lado, e em situação de risco semelhante, está Edmilson Trancoso, 30, pai de um bebê de apenas dois meses. Ele alega também não ter condições de pagar por uma nova residência e revela ter recebido uma única proposta, logo no início das obras da estação Cantagalo do metrô.
– Me fizeram uma oferta de R$ 2 mil para deixar a área. Como vou arrumar outro lugar para morar com a minha família por esse valor? – questionou.

BAIRROS.COM

Enviado por Daniel Brunet
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Prefeitura se mobiliza para ajudar desabrigados

A subprefeitura da Zona Sul e a 6ª Região Administrativa (Leblon, Ipanema, Jardim Botânico, Lagoa e Gávea) estão aceitando doações de alimentos não perecíveis, roupas e colchonetes. Todo o material arrecadado será entregue às famílias da Rocinha, Vidigal e Vila das Canoas, que ficaram desabrigadas ou desalojadas, vítimas das fortes chuvas que caem sobre a cidade desde segunda-feira.
- Muitas pessoas perderam suas casas nessas comunidades. Estamos recolhendo doações e vamos repassar para elas - conta o chefe da 6ª R.A., Leonardo Spritzer.
As doações podem ser feitas, das 10h às 18h, na sede da 6ª R.A., que fica na Avenida Bartolomeu Mitre 1297, no Leblon.

ATA DA 60ª REUNIÃO

PROJETO DE SEGURANÇA DE IPANEMA

MOVIMENT0 APOLÍTICO, FORMADO POR MORADORES VOLUNTARIOS,
COM O PROPÓSITO DE AUMENTAR O BEM ESTAR SOCIAL NO BAIRRO
ATA DA 60ª REUNIÃO
LOCAL: Colégio Notre Dame- rua Barão da Torre Em 05 de abril de 2010
Horário: 1800 h
Coordenada por: Rogério Esteves

ASSUNTOS TRATADOS:

· Os convites para a reunião do dia 28 abril com o Secretario de Policia Civil já foram mandados confeccionar e devem estar prontos nesta semana. Assim que estiverem disponíveis, vamos coordenar a distribuição que deverá ser feita a princípio por Ignez,Giorgeana, Rogério, Roselene, Maria Teresa e Otacilio .

· Os dossiês sobre o carnaval foram entregues ao MP, Prefeitura e Secretaria de Turismo.
· Foi realizada reunião com o Chefe de Gabinete do Sec. de Transportes, Luiz Velloso, tendo sido decidido criar um grupo do PSI formado por Rogério, Achiles, Maria Teresa, Bruno e Giorgeana para acompanhar de perto as tratativas referentes à construção do metrô NSra da Paz. A ligação entre o PSI e a Secretaria será feita pelo Mario Carlos, do Metrô.
· A distribuição dos pré-títulos no Cantagalo foi um sucesso, tendo o Secretario de Segurança citado o PSI como exemplo de movimento de cidadania.

O PSI, através Giorgeana e o Quadrilátero do Charme ( Bruno) tiveram uma reunião com o engenheiro da empreiteira Odebrecht responsàvel pelo metrô Ipanema( NSra da Paz). Ele foi muito gentil e esta´a disposicão do PSI + Quadrilatero do Charme para quaisquer esclarecimentos julgados necessários.Disse que o projeto ainda não foi feito e que estão abertos para conversar e que não haviam ainda sido contactados por nenhum representante de moradores até a visita do PSI + Charme.

O PSI esteve presente na reunião do dia 29 de marco no escritorio da Paiasa e Ascolpra - associações do comercio legalizado da praia para ouvir seus objetivos para o ano de 2010. Estavam presentes também dois representantes da Secretaria Municipal do Meio Ambiente. Vamos acompanhar a contrapartida destas duas associações.

O PSI esteve representado na reunião da Associação de Moradores da Sá Ferreira - Copacabana - com a presença de Rodrigo Bethlem ainda no cargo- na Universidade Estacio de Sa. Ouvimos as demandas do bairro vizinho - principalmente da Ladeira Saint Romain e as considerações do setor público.

PRÓXIMA REUNIÃO: 26 DE ABRIL—Colegio Notre Dame- 1800h
NOSSO BLOG: PSIPANEMA.BLOGSPOT.COM
NOSSO E-MAIL: PROJETODEIPANEMA@TERRA.COM.BR
ATA ELABORADA POR: ROGERIO ESTEVES

LAGOA

Lagoa Rodrigo de Freitas transbordae alaga ruas da zona sul do Rio

Em 12 horas choveu 178 milímetros - o dobro do esperado para abril

Do R7, no Rio

A lagoa Rodrigo de Freitas, na zona sul do Rio de Janeiro, transbordou e alagou várias ruas da região por causa do forte temporal que atinge o Rio de Janeiro desde a noite desta segunda-feira (5).

A ligação que a lagoa tem com o mar de Leblon e Ipanema não foi suficiente para escoar a água. Em 12 horas choveu 178 milímetros no Rio de Janeiro, o dobro do esperado para todo o mês de abril na cidade.

O alagamento já é considerado um dos piores da história. O número de mortes causadas pela chuva no Estado chegava a 79 às 15h desta terça-feira (6).

ENCHENTE

Ruas de Copacabana estão cobertas por terra, diz gaúcho no Rio

O relato é do arquiteto Nilton Medeiros, 46 anos, morador de Porto Alegre

As ruas de Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro, estão cobertas pela terra que desce dos morros próximos nesta terça-feira. O comércio também funciona parcialmente no bairro porque muitos proprietários de lojas não conseguiram chegar aos locais por causa dos alagamentos espalhados pela cidade. O relato é do arquiteto Nilton Medeiros, 46 anos, morador de Porto Alegre. Em férias no Rio de janeiro desde sábado, ele conta que não para de chover na cidade desde a tarde de segunda-feira: — Não sei de onde sai tanta água. Ontem, fiquei uma hora esperando o metrô voltar em Ipanema por causa de um alagamento. As ruas de Copacabana estão cobertas por terra. Parte do comércio está fechada porque muitas pessoas não conseguem chegar — diz. As condições do tempo na cidade mudaram os planos do arquiteto. Em vez de circular os pontos turísticos, Medeiros procura não se afastar do apartamento onde está para não ser surpreendido por uma eventual chuva forte e possível alagamento.
ZERO HORA

ENCHENTE

Comércio de Ipanema e Leblon está fechado

Fernanda Baldioti

RIO - Grande parte do comércio do Leblon e de Ipanema está fechado nesta terça-feira de vido a forte chuva que atinge a cidade desde o fim da tarde de segunda-feira. Algumas lojas começaram a abrir por volta de 12h30m, mas grandes redes como Ponto Frio e Paquetá estão fechadas. O volume de água do canal do Jardim de Allah, na divisa de Ipanema e Leblon, está quase transbordando. A água chega à borda do lado esquerdo para quem segue em direção à praia.

JARDIM DE ALAH - ENCHENTE


FOTOS DE MARCOS SOUZA













JARDIM DE ALAH - ENCHENTE







FOTOS DE MARCOS SOUZA

BAIRROS.COM

Enviado por Bairros.com -


Palestra sobre distúrbios do sono em Ipanema nesta quarta

Na quarta-feira, dia 7l, Dr. Fausto Ito, especialista em apneia do sono e ronco, estará dando uma palestra gratuita, às 20h, no Spa Maria Bonita, em Ipanema. As inscrições podem ser feitas pelo telefone: (21) 2513-4050. O especialista estará falando sobre higiene do sono, tratamento do ronco e apneia do sono e distúrbios do sono e também dando dicas para evitar o ronco e as apnéias. A palestra acontece na rua Prudente de Morais 729, no Ipanema Beach Spa.

FEIRA DE LIVROS

Universidade promove feira de livros com editoras nacionais

Por Redação -

Rio de Janeiro (O Repórter) -

A Universidade Cândido Mendes, em Ipanema, promove entre os dias 26 e 30 de abril a Feira de Livros Universitários.
O evento contará com roda de leitura, debates, workshops, sessão de autógrafos com Miguel Falabella, Dalmo Dallari, Desembragador Sylvio Capanema.
A feira de livros terá entrada franca e funcionará de segunda à sexta-feira, das 8h às 22h, na Rua Joana Angélica, 63 – Ipanema.

COLUNA DO ANCELMO

Enviado por Aydano André Motta -

Banho bizarro

Xampu e sabonete

Sexta-feira, por volta das 17h, apesar do sol bombando, a praia de Ipanema, na altura da Anibal de Mendonça, estava bem vazia, o que destacava ainda mais a cena: cinco pessoas tomavam banho naqueles chuveiros vizinhos aos quiosques na areia. E daí? Daí que não era aquela água para tirar o sal. A turma usava sabonete, hidradante, xampu e condicionador.
Um menino ficava segurando o xampu e o condicionador, enquanto quatro mulheres se revezavam no chuveiro. De banho tomado, as quatro se enxugaram em toalhas brancas e, depois, enroladas nelas, deram um passeio pela areia.
Para a série "há testemunhas".

CHOQUE DE ORDEM

Choque de Ordem reboca 52 veículos na orla neste feriadão

Carros estavam estacionados irregularmente entre o Leme e o Leblon.Fiscalização também aplicou 172 multas entre sexta-feira e domingo.

Do G1, no Rio

A operação Choque de Ordem nas Praias, realizada pela Secretaria Especial da Ordem Pública (Seop) neste feriadão, rebocou 52 veículos e aplicou 172 multas por estacionamento irregular no trecho da orla entre o Leme e o Leblon.

Neste domingo (4), foram rebocados 10 veículos e aplicadas 31 multas por estacionamento irregular no trecho entre as praias do Leme e do Leblon. Em Ipanema, um menor que tentou roubar uma bicicleta, na altura do Arpoador, foi conduzido por guardas municipais para a 14ª DP (Leblon). No sábado (3), foram rebocados 21 veículos e aplicadas 62 multas por estacionamento irregular no trecho entre as praias do Leme e do Leblon. Em Ipanema, um caminhão de entrega de bebidas foi rebocado por fazer carga e descarga fora de horário, além de trafegar com pneus carecas.

Já na sexta-feira (2), a operação rebocou 21 veículos e aplicou 79 multas por estacionamento irregular no trecho da orla entre o Leme e o Leblon. Durante a fiscalização, um homem que tentou roubar uma câmera fotográfica de um turista, em Ipanema, foi preso e conduzido por guardas municipais até a 14ª DP (Leblon).

CANTAGALO

Reportagem:

O Cantagalo é um inferno pacificado

Por Marco Vaza, no Rio de Janeiro


"17, 18, 19, 20..." Na base do morro, numa das entradas da favela, um soldado armado da Polícia Militar (PM) conta as balas de um dos carregadores da metralhadora. A PM patrulha a íngreme entrada do morro enquanto dezenas de pessoas entram e saem. Até ao topo, serão algumas centenas de metros de chão empedrado e inclinado a cerca de 40 graus. A maioria aventura-se a pé, quem pode paga dois reais para subir de moto num dos dez "moto táxi" que estão de serviço. Os condutores conhecem todas as curvas e buracos. Tirando o soldado que conta balas, tudo parece pacífico no morro.

O mais difícil é fazer com que as pessoas confiem na polícia (Ricardo Moraes/Reuters)
Bem-vindos ao Cantagalo/Pavão-Pavãozinho, uma das últimas favelas do Rio de Janeiro a ser ocupada pelas Unidades de Polícia Pacificadora (UPP). O nome explica-se a si próprio, são batalhões de soldados da PM que ocupam favelas, expulsam o narcotráfico armado e se estabelecem em permanência. No Cantagalo, são 180 soldados, mais os oficiais, para 11 mil habitantes. A acção é complementada com programas sociais e de requalificação urbana - no Cantagalo há algumas barracas a dar lugar a prédios.O capitão da unidade é Leandro Nogueira, 32 anos e polícia há nove anos, ele que antes era professor de Geografia. "Primeiro é um trabalho de ocupação. Visamos controlar o território e expulsar o tráfico armado, garantir os direitos das pessoas. Vamos tentar mais à frente o contacto com a comunidade, ainda estamos num processo de consciencialização e apreensão de armas e drogas", explica o capitão da UPP do Cantagalo, no gabinete no topo do morro.As UPP, criadas em Novembro de 2008 pela Secretaria Estadual de Segurança Pública do Rio de Janeiro, são unidades compostas, quase em exclusivo, por agentes vindos directamente da academia, onde tiveram um módulo em "polícia comunitária". Para lá do Cantagalo, existem UPP no morro Dona Marta, Cidade de Deus, Bantan, Babilónia, Chapéu Mangueira, Morro dos Cabritos e Ladeira dos Tabajaras.Há alguns meses, naquela mesma entrada, o Batalhão de Operações Especiais (BOPE), celebrizado para o mundo através do filme Tropa de Elite, avançou para o morro com todo o aparato. Houve confrontos, troca de tiros, prisões e apreensões. "No primeira dia, atearam fogo num ônibus", recorda o capitão Nogueira. No início da ocupação as entradas e saídas eram controladas de forma muito rigorosa e, ainda no primeiro dia, deu-se a apreensão de uma espingarda desmontada na mochila de uma rapariga de 14 anos em uniforme da escola. O mais difícil, diz o militar, é fazer com que as pessoas confiem na polícia. Um dos incidentes mais graves desde a inauguração da UPP, a 23 de Dezembro, foi quando prenderam um homem e as pessoas "a mando do tráfico" fecharam uma rua, queimaram um colchão e atiraram pedras e garrafas à polícia.
O capitão Nogueira não mora no Cantagalo - faz 60 quilómetros de casa para o trabalho -, mas nas ruas é reconhecido por quase todos. Ouve muitas reclamações. Como as dos vendedores, que tinham ordem para desmontar as barracas mas sem sítio para se instalarem. Nogueira escuta, conversa e continua. Mais à frente, um homem em tronco nu sentado num caixote queixa-se de que foi abordado pela polícia sem justificação. "Você era da paz virada, agora é da paz...", diz Nogueira. O homem em questão era um criminoso de pequenos delitos, que Nogueira suspeita estar envolvido no tráfico. "A relação polícia-comunidade precisa de ser harmoniosa. Mas a gente ainda se depara com resquícios do passado, tanto da polícia como da comunidade", alerta. Recentemente, um caso mostrou como alguns vícios contaminaram a UPP: um soldado foi preso ao tentar assaltar uma caixa multibanco.
Com vista para IpanemaO morro do Cantagalo-Pavão/Pavãozinho é uma das 900 favelas do Rio. Fica na zona sul, a mais rica e turística da cidade, estende-se de Ipanema a Copacabana, mas é um "bairro de lata", com esgotos a céu aberto, casas precárias e fios de electricidade emaranhados, descarnados e perigosos. Tem, no entanto, uma vista deslumbrante sobre a praia da "coisa mais linda" que António Carlos Jobim já viu passar.O inferno está bem à vista. O Cantagalo pode estar pacificado, mas não é um paraíso.
São quilómetros de labirintos estreitos, onde, por vezes, nem chega a luz do sol. São centenas de barracas construídas em inclinação, numa base de terra e cimento. Têm portas de tamanho de criança, mas vivem famílias lá dentro, em espaços reduzidos e esconsos. As portas estão abertas e permitem ver o que lá se passa; muitas casas têm jovens adolescentes a tratar de filhos bebés e a ver qualquer coisa na televisão.
Outras, têm idosos demasiado fracos para saírem de casa.Cada esquina, cada beco, cada barraca mal dimensionada é uma história de miséria. Como a de uma criança de cinco anos que morreu com um tumor na cabeça porque não foi tratada a tempo. Os pais moram no mesmo barraco inclinado ao qual só conseguem aceder por uma escada. Ele está desempregado, ela também, o outro filho, Nathan, brinca nos degraus. Tem uma inflamação com mau aspecto nas costas, os pais prometem levá-lo ao médico.
O capitão diz para o irem inscrever na escolinha de futebol que a UPP criou. Os pais voltam a dizer que sim, que o levarão à hora marcada.A polícia parece perder-se no labirinto, e nem Nogueira se aventura na favela sem uma escolta armada de quatro soldados. "Nenhum policial anda aqui sozinho", justifica. Durante uma visita, um dos PM que acompanham o jornalista do PÚBLICO e o capitão Nogueira diz que por ali não há saída, que é preciso inverter a marcha. O caminho conduz a uma via de cerca de 30 centímetros de largura, por onde passam esgotos e que obriga a passar por baixo das fundações de uma casa sustentada por quatro vigas de betão armado.
De volta à rua, quem vai à frente vê alguém a correr e vai atrás dele. Nogueira explica que era alguém que estaria a vender algum entorpecente e dá ordem para os outros o perseguirem. Fica para trás, para perguntar a três crianças que estavam ali a jogar pipa se viram alguma coisa. "Acabámos de chegar", responde uma. Mais tarde, já na sede da UPP, os três homens que foram na perseguição dizem que conseguiram identificar a casa onde o possível traficante se escondeu, mas que uma senhora idosa não os deixou entrar.
O capitão ordena que regressem ao local e sejam mais convincentes.O tráfico de drogas no morro ainda existe, admite Nogueira. O que acabou foi o tráfico armado. "É o que nós chamamos de tráfico estica. O traficante anda com poucas quantidades, vende e, depois, vai buscar mais a um lugar distante. Ainda ontem, apreendemos 150 papelotes de cocaína [cada papelote tem entre cinco e dez gramas].
Aqui, enquanto existir, nós vamos reprimindo", garante. Durante a visita ao morro, o capitão irá dar ordem para revistar um adolescente que estava a jogar matraquilhos num bar. "Aqui era um ponto de venda", justifica, apontando para uma escadaria cujo acesso está agora vedado por uma grade. Do Nordeste para a favelaA história do Cantagalo é comum às outras favelas cariocas. Pessoas que não tinham dinheiro para comprar casa refugiavam-se aí, em barracas. Mais, o êxodo das zonas rurais para as cidades criou um problema adicional de habitação, e o governo criou alojamentos temporários que se foram tornando definitivos. Foi assim que Luiz do Nascimento, "Bezerra", chegou ao Rio de Janeiro.
No Ceará, Nordeste, não encontrava trabalho e foi para o Rio trabalhar na empresa de transportes que empregava o irmão.Começou por morar na Rocinha, uma das maiores favelas, mas, pouco depois, mudou-se para o Cantagalo, onde mora há 42 anos. "A vida era normal, não havia tráfico e a polícia quase não vinha. À noite, quase só se viam cachorros e um guarda-nocturno", recorda Bezerra, um motorista de autocarro reformado que é o presidente da associação de moradores do morro.Depois, vieram o tráfico e a violência. Desde os anos 80, confirma Bezerra. Com a proximidade de Ipanema e de Copacabana, a procura estava ao pé da oferta. Cresceram os lucros - as últimas estimativas antes da ocupação pelas UPP eram de receitas mensais a rondar os 1,2 milhões de euros - e aumentaram as armas nas mãos dos traficantes. Na mesma proporção cresceu a influência e o domínio sobre a população. "As favelas precisavam de tudo e, como o governo não dava nada, eles ganhavam muito dinheiro e davam assistência à comunidade. Eles é que davam ordens, faziam a lei. Eles é que eram a polícia", conta Bezerra. Quem controlava era o Comando Vermelho, na altura, uma das mais poderosas facções criminosas do Rio de Janeiro.As críticasUma sondagem publicada pelo "Globo" diz que 93 por cento das pessoas que vivem nas comunidades pacificadas concordam com as UPP. Não se discute a sua utilidade, mas as críticas vão para o oportunismo da iniciativa, implantada maioritariamente em favelas da zona sul, as zonas mais ricas, negligenciando-se outras zonas. "Estudos mostram que há regiões mais problemáticas e que precisam de mais segurança. As comunidades do subúrbio, da região central do Rio e do entorno da Tijuca [na zona norte] são exemplos", considera a socióloga Alba Zaluar.José Mariano Beltrame, secretário de Segurança do Rio de Janeiro, garante, no entanto, que algumas favelas na zona norte irão receber UPP. Ainda segundo Beltrame, até ao final de 2010, estarão em funcionamento 15 UPP para servir 59 comunidades, para um total de 120 mil pessoas.
A melhor defesa para este projecto é a diminuição do número de homicídios e de todos os outros crimes associados ao tráfico.Bezerra agora até já tem dinheiro para comprar casa noutro sítio, mas nunca irá sair do Cantagalo, porque "conhece todo o mundo", especialmente com as UPP, que considera a solução. "O pessoal tomou-lhes raiva, porque a polícia vinha e massacrava as pessoas", admite. Como acredita nas boas intenções da polícia, também está crente na redenção de alguns traficantes da comunidade, que ele gosta de chamar de "família".
"Tinha muita gente dependente dessa renda e claro que houve gente que ficou passando necessidade. Se conhecer bem as pessoas, elas não são ruins, aquilo virou um modo de viver. Tem muitos que saíram e que se tornaram gente boa, outros são ruins e não tem jeito mesmo."