CALÇADAS

Prefeitura do Rio vai punir quem não conservar calçadas, mas sobram crateras nas ruas

Rio - No fim de abril, decreto municipal determinou que o morador pode ser multado se não conservar a sua calçada. Apesar de não ter fixado valores, o texto diz que ele terá 15 dias, depois de notificado, para reformá-la e deixar o caminho dos pedestres livre de sobressaltos. Já os motoristas precisam esperar sentados. Dirigir pelas ruas do Rio é uma corrida de obstáculos. Só que sem a parte divertida do esporte. Trafegar por mais de um quilômetro sem cair em buraco é uma vitória.
Durante três dias, O DIA percorreu 250 quilômetros da Zona Sul ao subúrbio e constatou o péssimo estado de conservação das ruas: pavimento descascado, desníveis e remendos malfeitos. Se o caminho de quem vai de Bonsucesso à Penha pela Rua Uranos é tortuoso, a situação não melhora para quem cruza Engenho Novo, Riachuelo e Méier pela Av. 24 de Maio, onde é possível ver trilhos do bonde que não passa por ali há décadas. “Não tem carro que resista. É um rali!”, reclama o taxista José Carlos Lessa. Nem quem passeia pela Vieira Souto, em Ipanema, num dos metros quadrados com IPTU mais caro do Rio, escapa: há seqüência de buracos de 10 cm de profundidade.
De janeiro a maio, o Tele-Buraco (2589-1234) recebeu 6.282 solicitações. Nos primeiros quatro meses do ano, 90.200 buracos foram fechados. Para conservação de pavimento, a Secretaria Municipal de Obras reservou R$ 27,29 milhões e já gastou R$ 5,93 milhões.

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